CAPITAL UBER ALLES de Vasco Costa
8 Outubro a 31 Outubro







No dia 8 de Outubro a?s 19 horas a Zaratan - Arte Contempora?nea convida para a inaugurac?a?o da exposic?a?o Capital Uber Alles de Vasco Costa, que apresenta uma serie de trabalhos inéditos de teor instalativo.
Preparada especialmente para o espaço da Zaratan, esta série de esculturas desenvolve uma linguagem negra que reage ao presente panorama politico.
O efémero é um signo da impermanência que conforma nossa contemporaneidade.
Neste caso trata-se de responder a desmaterialização e a precariedade da experiência quotidiana com pensamentos e produções igualmente precários e participantes da lógica do descartável que impregna a sociedade capitalista. O carácter precário não é um sintoma patológico, mas uma oportunidade de investimento positivo que aponta para procedimentos de adequação ao novo ambiente instável, no qual não há a possibilidade de um grande relato histórico ou mítico a partir do qual se ordenariam as formas.
Capital Uber Alles configura-se como um percurso entre os signos, mais do que um conjunto de obras isoladas e acabadas; favorece a ordem do evento (aqui e a agora) em vez do monumento, a fragilidade e a ruptura em vez da eternidade gravada na pedra.
Autónomas e entrelaçadas ao mesmo tempo, as peças vivem uma experiência coral e improvisatória que revela afinidade com as formas da encenação, com a teatralidade e a mise-en-scène.
Entre fracturas, falhas e equilíbrios subtis, está aqui evidenciada uma certa debilidade e tensão, um grito mudo, uma perigosidade, uma desalinhada ordem. Ouve-se uma voz em potencia que se estende do desconforto a uma certa resistência poética.