As superfícies são corroídas e, no processo, ganham novas formas, pois trazem os efeitos da história embutida no seu próprio tecido. As pedras brancas ásperas tornam-se polidas depois de ser pisadas durante séculos; os azulejos estão rachados, criando uma imagem misteriosa, onde é deixado ao espectador literalmente "preencher as lacunas" com sua imaginação.

Os trabalhos produzidos olham para a arquitetura e a natureza considerando o seu lado invisível - ligado à sua intensidade, às potencialidades não manifestadas, às sobreposições espaciais e temporais que carrega e que infundem lugares, situações, objetos com uma memória cultural específica.

Manifesta-se temporariamente um potencial virtual que os espaços carregam, uma intensidade que é vista como uma dimensão regenerativa e transformadora.