ROSAS de Lea Managil

15 Fevevereiro a 16 Março

ROSAS | Lea Managil

INAUGURAÇÃO | 15 Fevereiro, 16:00
PATENTE | 16 Fevereiro – 16 Março, 2024
HORÁRIOS | Qui-Dom, 16:00-20:00
VISITA GUIADA | 25 Fevereiro, 18:00
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes
 
“Quando brota a Rosa, sedosa em suas pétalas, também de espinhos se adorna o denso caule. Apenas um símbolo tão ubíquo na consciência humana poderia convergir em si tais díspares sensações. Em seus
paradoxos a Rosa a todos educou, e de si fez brotar tantas faces quanto sugere o denso acúmulo de suas pétalas, que evoca o infinito. Mas um símbolo antes suspenso entre tantos sentidos corre agora o risco de já não sustentar nenhum. Imersos num período histórico que divorciou-nos do leque simbólico que outrora encantava as coisas do mundo e mediava nossa relação com o real, o humano moderno agoniza, nu, em meio aos ventos gélidos da falta de sentido.
Na exposição Rosas a artista Lea Managil busca, mediante um amplo repertório de operações artísticas, reformar a moribunda herança simbólica da Rosa. E no entanto a Rosa, em seu trabalho, jamais é flor
— e portanto tão mais perto de sua essência. Sua obra coleciona objetos que juntos compõe renovado cosmos interpretativo, manifestando a memória da flor sob outras formas, mais sensíveis aos nossos
transtornos atuais. Retirada enfim de seu críptico silêncio, a Rosa aqui renasce múltipla, terrível e atraente, para em outros disfarces contar-nos novos, e primordiais, discursos."
Texto: Tomás Camillis

BIO: LEA MANAGIL (Lisboa, 1991) formou-se em Pintura, pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa (FBAUL) e Música, pela Escola de Música do Conservatório Nacional (EMCN) e pela Universidade de Aveiro (UA).
Entre as exposições mais revelantes, destacam-se: Breathable Objects, Las Palmas (Lisboa, 2018), Rádio Gambozino, StandProject, (Lisboa 2021); Spleen, projecto O Armário (Lisboa, 2022); We’ll feed the dream for as long as we can, galeria Balcony (Lisboa, 2022); A Prática do Infinito pela Leitura, Centro Cultural Vila Flor (Guimarães, 2023); 2 lives, exposição colectiva online, com curadoria dos artistas Israel Quero e Lorena Baston, NMV espacio; Dip me in the River, Drop me in the water, com curadoria de Carolina Trigueiros, galeria Pedro Cera (Lisboa, 2021); Apofenia II, com curadoria de Las Palmas e Bruno Marchand, Culturgest Porto (Porto, 2021); A Longa Sombra, com curadoria de Horácio Frutuoso, Maus Hábitos (Porto, 2021); And Yet You Go On, no espaço DuplexAir (Lisboa, 2020); Homework, galeria Madragoa (Lisboa, 2020); lançamento da 3ª edição da revista Dose, galeria Lehmann & Silva (Porto, 2020); No dia seguinte está o Agora, CAPC (Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Círculo Sede, Coimbra, 2018); Exposição de Finalistas, Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa,2014).
O seu trabalho integra as coleções CACE (Coleção de Arte Contemporânea do Estado), Coleção António Cachola e Coleção João Luís Traça. Conta ainda com as recentes publicações da revista online Daily-Lazy(2019), no seguimento da exposição Breathable Objects; o artigo relativo à exposição colectiva And Yet You Go On (2020) na revista Umbigo; a crítica de David Silva Revés à exposição individual Spleen (2022) na revista Contemporânea; e a crítica de Susana Pomba no arquivo online É Um Oceano à exposição individual We’ll feed the dream for as long as we can (2022). Vive e trabalha em Lisboa.