HAMMER TIME 2022 | Exposição-Leilão

10 Novembro a 18 Dezembro

HAMMER TIME 2022 | Exposição-Leilão

Andrzej Rafalowicz, António Colombini, Bárbara Bulhão, Cristina Motta, Danial Nord, Diana Santos, Diogo Luz Pereirinha, Elise Carlton, Fábio Colaço, Felix Vong, Fernando Fadigas, Fernando J Ribeiro, Flor de Ceres, Francisco de Menezes, Henrique Neves, Hilma Sassa, Hoana Bonito, Isobel Atacus, João Fonte Santa, João Mouro, João Pedro Branco, João Teixeira Campolargo, João Viotti, José Fonseca, Lior Eshel, Maja Escher, Marie-Pascal Hardy, Natasha Carlos, Nuno Direitinho, Olga Wardega, Pal Zwickl, Pedro Gramaxo, Pedro Zhang, Reservoir Peacocks, Rodrigo Gomes, S4RA, Stéphane Blumer, Susana Borges, Thomas Pilnik, Tiago Leonardo, Valério Ismaeli, Xiyao Chén...e outros autores anónimos

ABERTO | 10 Novembro – 18 Dezembro, 2021
HORÁRIOS | Qui-Dom, 16:00-20:00
PERFORMANCES-LEILÕES | 12-26 Novembro e 10-17 Dezembro (às 17:00)
APOIO | Direção-Geral das Artes / República Portuguesa

A Zaratan tem o prazer de apresentar a exposição-leilão HAMMER TIME, um evento expositivo e performático que pretende engendrar uma micro-investigação acerca do valor da obra de arte a partir de uma posição periférica em relação ao mercado. Ao mesmo tempo "Hammer Time" é um evento de angariação de fundos, cujas receitas apoiam seja aos artistas participantes que a sustentabilidade atividade da associação Zaratan.
A participação no evento esteve aberta a todos, convidados a apresentar candidaturas, e do processo de seleção reunimos mais de 50 trabalhos, físicos e digitais, de mais de 45 artistas nacionais e internacionais.
O sistema de arte contemporânea articula-se em estruturas e circuitos de produção, circulação, venda e valorização, nos quais vários actores representam papéis de sinergia ou de antagonismo.
Ao pantominar a estrutura do leilão [enquanto uma instituição de mercado caracterizada por um conjunto explícito de regras] a Zaratan [enquanto espaço independente] procura testar possíveis acessos alternativos ao mundo da arte dita comercial, mas sempre apresentando um trabalho desafiador e sem ceder às tendências e as modas dos circuitos oficias.
De resto, a análise da conexão entre o valor estético e o valor económico de uma obra é crucial para entender o significado geral da produção artística como um fenómeno peculiar da cultura ou subcultura em que vivemos.
O valor de uma obra de arte, considerada apenas do ponto de vista de quem a ama, a possui ou a quer possuir, é incomensurável. Como o valor estético não pode ser completamente objectificado ou quantificado, um trabalho tem valor desde que possa ser apreciado publicamente, ou seja, precisa de um espaço público onde possa acontecer a partilha das avaliações das formas.
Os canais institucionais da arte – museus, galerias, fundações – costumavam proporcionar esta função, e ainda o fazem até certo ponto, quando não são corrompidos por indivíduos que manipulam a arte apenas como um investimento. O sistema de dinheiro vigente tornou várias das grandes instituições de cultura pública, num circo de promoção e comercialização, esquecendo o valor da conexão entre a criatividade pública e a artística.
Respondendo à ausência de modos alternativos de produção e sustentabilidade cultural, a Zaratan pretende tornar-se neste tal espaço de discussão e envolver a participação coletiva de maneira a instigar um debate público, no formato de leilão, acerca da valorização da produção estética contemporânea.
A exposição inclui 4 licitações performáticas conduzidas [ao vivo e em digital simultaneamente] por um agente de contratação convidado pela Zaratan: o artista João Pedro Branco.
A exposição e eventos paralelos integram a programação do Lisbon Art Weekend, a decorrer nos dias 10-11-12-13 de Novembro com horário alargado (12:00-20:00).