VICTOIRE PAILLARD | «Thirteen»

25 Junho 2025 16h00

VICTOIRE PAILLARD | Thirteen

Open Studio | 25-26-27-28-29 de junho de 2025, 16h00-20h00
Artist Talk | 29 de junho de 2025, 18h00

Temos o prazer de apresentar Thirteen, uma exposição pop-up de Victoire Paillard, desenvolvida durante a sua residência de um mês na Zaratan.
Continuando a sua abordagem diarística à pintura, Paillard criou um corpo de trabalho inspirado na arquitetura e nos motivos ornamentais de Lisboa. Envolvendo-se com o seu ambiente tanto como observadora quanto como participante, foi cativada pela repetição e simbolismo de varandas, janelas e, particularmente, pelos intrincados padrões azuis dos azulejos portugueses.
Para Paillard, estes elementos arquitetónicos funcionam como molduras e limiares através dos quais explora os seus temas centrais: a feminilidade, o olhar e a intimidade dos momentos quotidianos.
Trabalhando em papel delicado e semitranslúcido, com uma paleta contida que evoca a azulejaria tradicional, sobrepõe imagens encontradas e imaginadas — figuras vislumbradas, motivos clássicos e padrões fragmentados. As obras, apresentadas informalmente como páginas de um diário de viagem, refletem como as narrativas pessoais se desdobram através do ato de observar, registar e remontar. Isto cristaliza-se na presença recorrente de mulheres atrás de janelas, evocando poderosamente a tensão entre observar e ser observado.

A exposição é complementada por um artist talk com Victoire Paillard no dia 29 de junho, às 18h00, e pelo lançamento de um poster risográfico em edição limitada, no dia 25 de junho.

BIOGRAFIA:
VICTOIRE PAILLARD é uma artista francesa atualmente radicada em Londres. Está a iniciar o seu terceiro ano do BA em Pintura no Camberwell College of Arts, University of the Arts London, após ter concluído um Ano de Fundação em Pintura na Central Saint Martins. Nascida em Paris, cresceu entre São Paulo, Milão e Paris antes de se mudar para Londres para prosseguir a sua educação artística. O seu trabalho explora temas como a feminilidade, o olhar e as dinâmicas de poder em constante mudança entre o sujeito e o observador. Sente-se atraída pela intimidade dos momentos quotidianos, utilizando a pintura como uma ferramenta diarística para seguir e refletir sobre a sua própria vida. A sua prática tem raízes na narrativa pessoal, esbatendo a linha entre a observação e a introspeção. A exploração material desempenha um papel fundamental no seu trabalho, abraçando a textura, a sobreposição e a experimentação para espelhar a profundidade emocional e psicológica. As suas pinturas frequentemente contêm uma tensão subtil, convidando os observadores a questionarem o seu próprio olhar.

ZARATAN – Arte Contemporânea | Rua de São Bento 432, 1250-221 Lisboa
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