SUPER-DIVAS #9 | Durga Black

15 Novembro 2025 17h30

SUPER-DIVAS #9 | Durga Black

15 de Novembro,17:30
Entrada 3,5€ [quota mensal de sócio]

O que move os poetas? O sexo cantado, pois então. Mas, sendo poetas, é sexão. É por isso que urge realizar este ciclo dedicado a sexões super-divas. Dinis Lapa e Nuno Moura mandam larachas para o ar e logo um raio divino as trespassa com os nomes dos poetas mais sexões de Portugal. Todos eles estão, de alguma forma, ligados à música. Umas prima-donas super-divas é o que eles são. Eles ou elas, pois claro. Sexões são, portanto, sessões de sexo cantado com poetas sexões super-divas. Está servido o banquete.
Nesta nona sessão do ciclo, Durga Black (Carla Badillo Coronado) leva-nos nas suas viagens metamórficas de linguagens ecuménicas e sónico-transfiguradas rumo a um ideal de liberdade e transgressão.

Sobre a artista:

DURGA BLACK | Viajante, migrante e poeta, a arte sonora de Durga Black (aka Carla Badillo Coronado) é feita de tantas vivências quanto experiências. Umas e outras misturam-se entre o quotidiano e o sonho. A fusão dessas linguagens é um fluxo permanente que percorre o seu trabalho, da escrita à música.Existe, acima de tudo, uma liberdade libertadora, híbrida e consciente de si mesma. Entre o rap, a colagem, a electrónica e o spokenword, cria novos mundos em formato de instalação sonora. Peças como ‘MATERIA INTERFERIDA’, ‘333’ ou ‘Pelo de Medusa’, constroem pequenos teatros oníricos, de sabor sci-fi e elegantes formas eletrónicas. Sendo o acto de criação também ele um acto de resistência, muita da sua obra questiona as realidades do seu tempo. O disco '20/20', com METAMORPHOSIS, exorcizou a caixa de Pandora da pandemia, enquanto ‘No Les Creo’ retratou a decadência do quadro político e social do seu país. A voz, os samples, o teclado e sons encontrados durante a viagem da improvisação assumem-se como novas fonéticas, interpretações e traduções sobre a atual realidade das coisas. Pelo hip hop conectou o imaginário da arte de viajar: observar, recolher e criar uma situação, um personagem ou uma estória. A imprevisibilidade de caminhar nas ruas, apostando ideias e organizando notas mentais, atrai faísca a muita da sua produção. A filosofia, a dança ou vídeo são outras ramificações que se enlaçam em redor desta artista equatoriana, para quem o acto de luta é sinal de sanidade. Luta poética que se nega a normalizar, ou diluir, nas urgências e prioridades do mundo externo.

 
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
DESIGN | Joana Souza