LIGA #7 | Aida Castro & Maria Mire + Eduardo Matos

6 Novembro 2022 16h00

LIGA #7 | Aida Castro & Maria Mire + Eduardo Matos

ABERTO | 6 de Novembro, 16:00-20:00
ENTRADA | Gratuita
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
+ INFO | info@zaratan.pt

É comum na produção de metais usarem-se ligas, isto é combinando metais com outros elementos ( geralmente não metais ) sendo que o resultado da mistura dá origem a materiais que geralmente diferem dos metais de base, proporcionando-lhes novas qualidades, nomeadamente aumentando a sua força mecânica, dureza ou resistência à corrosão. Com curadoria de João Fonte Santa, LIGA é um evento efémero de um dia, que propõe a colaboração de dois artistas a cada sessão. Nesta setima edição, os artistas convidadas são Aida Castro & Maria Mire e Eduardo Matos
"Memória electrónica" (2022) | Estamos sem memória e esquecemos as cores das cavernas. Aquelas que ainda permanecem debaixo da terra estão encrostadas na rocha tecnológica, metálicas e complexas, nas quais atravessam corpos de dados. Confrontar um espaço destes ativa a artificialidade dos epifenómenos que sempre ali ocorreram e espacializa a nossa memória electrónica
 
BIOS:
AIDA CASTRO E MARIA MIRE são uma dupla artística que inaugurou a sua prática em 2017, depois de partilhar intensamente várias investigações e outros trabalhos colectivos (Colectivo Embankment e Plataforma Ma). Esta opção pelo modo cruzado, para além de insistir num qualquer exercício básico da óptica, no desvelamento das suas artimanhas, conseguiu instituir-se como uma metodologia prática: uma estereoscopia imposta. Esta dupla assume a posição do método de paralaxe, no qual se considera a distância e a diferença da percepção entre dois corpos observadores perante um mesmo objecto no processamento de imagem. Se não fosse duplo, seria um corpo hipotético em constante movimento, a acelerar de um lado para o outro. 

EDUARDO MATOS nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1970. Vive e trabalha entre Helsinquia e o Porto. Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas (FBAUP). Trabalha desde 1999 como artista plástico. No seu percurso tem vindo a desenvolver trabalhos onde cruza a linguagem imagem/vídeo/escultura com a tridimensionalidade espacial e interactuante de instalações – reconstruindo e descontruíndo especificamente em cada lugar e a cada momento as peças que compõem o simulacro de um jogo de metáforas estéticas, políticas e geográficas.