AUTOFAGIA /// Um concerto de Nuno Viegas
25 Junho 2022 18h00
"AUTOFAGIA" /// Um concerto de Nuno Viegas
25 Junho, 18:00
Entrada Livre
Apoio: República Portuguesa - Direção Geral das Artes
Entrada Livre
Apoio: República Portuguesa - Direção Geral das Artes
Por ocasião do encerramento da exposição “Cosmogonia a alastrar no canto da sala”, de Nuno Viegas, temos o prazer de apresentar
“Autofagia”.
Esta é a primeira aparição pública a solo de Nuno Viegas enquanto explorador sonoro, com um baixo, uma guitarra, um microfone e alguns pedais, fazendo do tempo matéria plástica, em busca de um fundo para as palavras (escritas ou espontâneas) ou de um chão propício para libertar a voz.
“Autofagia”.
Esta é a primeira aparição pública a solo de Nuno Viegas enquanto explorador sonoro, com um baixo, uma guitarra, um microfone e alguns pedais, fazendo do tempo matéria plástica, em busca de um fundo para as palavras (escritas ou espontâneas) ou de um chão propício para libertar a voz.
"Há uma situação
não sei se também vos acontece
de andar por este mundo
em busca de feedback
não daquele troco
derivado de dar
e receber retorno
mas daquela lógica
recursiva dum espelho
contra si mesmo noutro
ou daquela ourobórica
autofagia do paradoxo
de algo a si próprio
se agigantar
até ao paroxismo
explosivo dos tímpanos
nos amplificadores
como que uma
devolução massiva
do universo à premissa
da nossa insignificância
como um pé de fora do redil
ou toda uma janela
escancarada de alto a baixo
com vista para o inaudito,
isso dizendo pouco,
fazendo um favor
à simplicidade,
no fundo apenas o fim
regressando ao princípio."
não sei se também vos acontece
de andar por este mundo
em busca de feedback
não daquele troco
derivado de dar
e receber retorno
mas daquela lógica
recursiva dum espelho
contra si mesmo noutro
ou daquela ourobórica
autofagia do paradoxo
de algo a si próprio
se agigantar
até ao paroxismo
explosivo dos tímpanos
nos amplificadores
como que uma
devolução massiva
do universo à premissa
da nossa insignificância
como um pé de fora do redil
ou toda uma janela
escancarada de alto a baixo
com vista para o inaudito,
isso dizendo pouco,
fazendo um favor
à simplicidade,
no fundo apenas o fim
regressando ao princípio."
Texto de 27 05 22, Nuno Viegas