JOSEPH HAAG | “shards”
9 Junho 2022 16h00
Zaratan AIR | Open Studio
JOSEPH HAAG | “shards”
ABERTO | 9 a 25 de junho de 2022, qui-dom 16:00-20:00
ENTRADA | Livre
+ INFORMAÇÕES | info@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
ENTRADA | Livre
+ INFORMAÇÕES | info@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Temos o prazer de apresentar “shards”, uma exposição em processo de Joseph Haag, artista residente na Zaratan.
Em Lisboa tem vindo a recolher latas como matéria-prima para criar uma nova série de instalações escultóricas em metal. As latas são reaproveitadas e achatadas para permitir a impressão de uma imagem/pintura na superfície e suspensas em suportes de compósito metálico interligados. Esses objetos não são fixados nas paredes da galeria no sentido tradicional, mas projetam da parede para fora, flutuando no ar.
A técnica de montagem das peças torna a ação de instalar a obra em um processo transformador: cada vez que uma obra de arte é montada numa superfície diferente ganha uma configuração ligeiramente nova, numa abordagem site-specific.
A fim de explorar a relação entre as obras de arte e o espaço circundante, a proposta de Joseph Hagg implica um trabalho continuo in situ após a abertura da exposição, com a adição de novas peças e a modificação daquelas já existentes durante um período de três semanas.
Essa ação performativa reflete acerca da adaptabilidade do artista a um novo ambiente, mas também surge como uma metáfora de resistência: uma refleção subtil acerca da insanidade do consumo de massa e das mudanças climáticas.
BIO: JOSEPH HAAG vive em Vancouver, Canadá, onde manteve o seu estúdio ao longo da vida e onde continua a desenvolver a sua prática artística. As suas instalações móveis em metal apresentam-se como estranhos objetos icônicos artesanais antiquados. Expõe regularmente em Canada e no estrangeiro desde a metade dos anos oitentas. Desde o início da década de 1990, o trabalho de Joseph Haag tem ganho uma forte componente política. Numa série de trabalhos anteriores, o artista fazia referência à maquinaria de guerra ao lado de imagens banais do consumismo de massa. Atualmente tenciona referenciar o próximo nível de risco da situação humana, ou seja, a extrema devastação ambiental provocada pelas guerras e pelo consumismo, impulsionados pela ganância corporativa global. Os extremos ambientais estão a fazer sentir os seus efeitos tanto em Portugal como no Canada e no resto do mundo. A devastação iminente da água e a destruição contrastante do fogo/calor são os problemas mais recentes e não menos urgentes do nosso planeta.