No contexto da sua residência na Zaratan, a dupla de artistas LealVeileby apresenta o trabalho "Panacea's Tongue" (duração: 20:23), uma montagem visual em que ciência e ficção estão tanto em conflito uma com a outra, assim como são parte emaranhada e inseparável da narrativa humana. O que é Panacea? Suavemente, a sua voz chega até nós do século XXII. A voz de uma inteligência artificial, e reencarnação da deusa da cura universal da mitologia grega, fala connosco sobre os avanços e limitações da civilização humana. A voz tece a história de um potencial futuro onde Photosthene - um material feito exclusivamente de luz - abre possibilidades inimagináveis e implicações imprevistas. Após a projecção do vídeo, os artistas LealVeileby estarão presentes para introduzir o seu trabalho e discutir o projecto em desenvolvimento. 

FICHA TÉCNICA: Panacea’s Tongue Vídeo digital HD, 20:23 Inglês (com legendas em português) 2021 Voz: Marina Burke Câmera, edição, texto, design de som: LealVeileby Mistura de som: Jakob Erlandsson Estúdio de som: Mediaverkstaden 

BIOGRAFIA:

LealVeileby, formado pelo casal de artistas António Leal (1976, Lisboa, PT) e Jesper Veileby (1985, Karlstad, SE), é uma dupla luso-sueca que vive e trabalha em Malmö, Suécia. Colaborando juntos desde 2011, têm desenvolvido um corpo de trabalho caracterizado pela vida quotidiana, especulação científica e magia. A sua prática é baseada em ideias e guiada principalmente pela intuição. Com foco em vídeo, exploram igualmente outros meios como som, instalação, objetos, texto e projetos online. Interessados na história das ideias científicas e na sua estreita conexão com o misticismo através dos tempos até hoje, assim como na relação do nosso tempo com o digital e como este molda muitos dos sistemas de realidade de hoje, e ainda os elementos mais especulativos e fantasmagóricos do possível futuro da humanidade. Frequentemente incorporam elementos autobiográficos no seu trabalho, não sendo incomum que se inspirem na formação e experiência de trabalho de António na área farmacêutica. A dupla apresentou o seu trabalho em exposições individuais na Suécia (Skånes konstförening 2021, 2018) e em Portugal (Espaço Campanhã 2018, 2013). Exibiram em vários festivais de video arte e mostras coletivas em Portugal, Suécia, Espanha, Brasil e Dinamarca. Receberam bolsas de trabalho de dois anos do Swedish Arts Grants Committee (2021, 2020), os prémios Aase & Richard Björklunds Fond do Malmö Art Museum (2019) e Sven and Ellida Hjort’s Exhibition Grant do Skånes Konstförening (2018). Em 2017 foram os vencedores do Fuso - Festival de Vídeo Arte e o seu trabalho está representado no MAAT em Lisboa.