TUULIKKI RAATIKAINEN | Open Studio

27 Abril 2022 16h00

Zaratan AIR 
TUULIKKI RAATIKAINEN | Open Studio
ABERTO | 27-28 Abril 2022, 16:00-20:00
ENTRADA | Gratuita
+ INFO | info@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

Temos o prazer de convidr para o Open Studio de Tuulikki Raatikainen, artista residente da Zaratan.
Nesta ocasião apresenta uma peça têxtil intitulada “Dripping Honey Make Me Melt” e um poster em risografia.
As duas obras criam um contraste na concepção do tempo: enquanto a impressão de uma camada de cor com a máquina de riso leva apenas alguns segundos, a peça têxtil é feita à mão com uma agulha perfurada (“punch needle”), levando muito tempo e paciência.
O processo de criação desta peça têxtil pode ser visto como um mês de meditação de um mês ou como o ato de escrever uma carta de amor muito longa utilizando agulha e fio como ferramentas.
A repetição ritualística de um gesto gera uma dicotomia - hipnótica/confortante, mas também entediante/frustrante - que pode ser usada como chave para ler a dimensão estética da prática artística de Tuulikki: as suas imagens infantis e lúdicas muitas vezes escondem uma reflexão sombria sobre aansiedade e a autocrítica.
Estas obras irão integrar um conjunto maior de peças – pinturas a óleo e peças têxteis – que serão exibidas na Finlândia no próximo ano.
 
BIO: TUULIKKI RAATIKAINEN (1990)é uma artista multidisciplinar sediada em Helsinki, Finlândia. A sua prática artística começou em joventude com a fotografia analógica. Mais tarde estudou fotografia e cinema na Edinburgh Napier University, na Escócia e formou-se em artes plásticas na Pekka Halonen Academy of Arts, na Finlândia. Atualmente trabalha principalmente com pintura a óleo e arte têxtil, mas também interessa-se pela gravura e a cerâmica, nunca deixando a fotografia para trás.
O seu trabalho surge de temas como a ansiedade ou a solidão. As peças finais muitas vezes não retratam diretamente esses sentimentos e, em vez disso, concentram-se em expressar esperança e, às vezes, até alegria convulsa. As ideias que alimentam os seus trabalhos surgem principalmente como imagens espontâneas e emocionais, às vezes aparecem qao adormecer ou mesmo nos sonhos. A busca de manter viva a ideia visual original e o sentimento intuitivo durante o trabalho resulta numa abordagem infantil que é aprimorada pelo uso de cores vivas e frescas. Toda a sua prática artística pode ser vista como uma espécie de protesto à mágoa, à depressão e à autocrítica.
Atualmente, no seu estúdio em Helsinque, está a desenvolver uma nova série de pinturas e crochet sobre tela – intituladas Weak Fingers, Heavy Bodies. A série continua explorando os mesmos temas, mas tem um novo foco no uso de forças e fenômenos naturais para retratar os sentimentos humanos.