QUANDO | 17 Março, 18:00
ENTRADA | 3,5€ [quota mensal de sócio]

Moths drink the tears of sleeping birds (“As traças bebem as lágrimas dos pássaros adormecidos”) é uma declaração científica e proposição de intenção. Torna-se o ponto de partida num ciclo que explora a itinerância como forma de prática, uma experiência que pode ser sutil e violenta. Para cada edição são selecionados materiais para uma projeção, na qual dois artistas são convidados a intervir com recurso a som, imagem, instalação, performance ... Não é possível prever o desenrolar destas intervenções. Ainda assim, como a traça que paira por um instante sobre o pássaro, tudo desaparece posteriormente, momentos de contaminação cruzada que desaparecem sem deixar rasto.

Para a oitava edição os artistas Alex McNamee (UK/CA) e Gonçalo Sena (PT) adoptam uma linguagem escultórica como experiência científica, reencenando uma obra anterior para imaginar algo novo. Juntos, os artistas criam um objeto que é simultaneamente tela de vídeo e folha de traça. Durante a curta-metragem a interação entre a luz da projeção, o néctar aplicado na tela e um copo de água da chuva espumosa que repousa nas proximidades atrai mariposas para se instalarem e, quem sabe, pousar, um experimento que depende muito do acaso, das condições climáticas certas, de uma certa quietude de a audiência…

 

Curadoria e organização: Isobel Atacus
Artistas convidados: Alex McNamee e Gonçalo Sena
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

 

BIO

ALEX MCNAMEE @ al___mac (n. 1990) é uma artista britânico/canadense que vive em Kent, Reino Unido. Recebeu um BA na Slade School of Fine Art, Londres, em 2013 e foi selecionada para a edição de 2014 da Bloomberg New Contemporaries. Foi pré-selecionada para o Prêmio Nigel Greenwood em 2018 e foi artista residente na High House Residency de Antony Gormley (Reino Unido, 2017), Fljotstunga Artistic Residency (Islândia, 2015), bem como no Tacita Dean's Research Laboratory, Fondazione Antonio Ratti, (Itália, 2014). O seu trabalho foi exibido internacionalmente, incluindo uma instalação permanente no Kunstverein Langenhagen, Casa da Dona Gisele no Brasil, Royal Scottish Academy em Edimburgo, OUTPOST Gallery em Norwich e SPARK, Nova York. Tem um pequeno lago circular no fundo do seu jardim e cuida de sapos e lesmas.

GONÇALO SENA (1984) vive e trabalha em Lisboa. É licenciado pela FBAUL, Lisboa (2007) e completou o Metrado em Belas Artes no DAI, Arnhem (2011) com uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian. Participou nas residências artísticas Le Pavillon – Palais de Tokyo, Paris (2012-13), Fondazione Antonio Ratti, Como (2014), Skowhegan, Maine, USA (2015), CCA Andraxt, Maiorca (2018), e Blank100, São Teotónio (2021). Sena foi nomeado para o Prémio Novos Artistas EDP, Lisbon (2009), para o Berlin Art Prize (2015), e recebeu o Premio Apertura Comunidad de Madrid, 2021. Sena expõe regularmente desde 2007 em instituições, galerias e artist-run-spaces, tais como CA2M, Madrid (2022), Oldenburger Kunstverein (2021), Galería Heinrich Ehrhardt, Madrid (2021, 2015), +DEDE, Berlim (2020), Alta, Malmö (2020), Fundació Santander, Madrid (2019), Kewenig, Berlim (2019), Casa da Cerca, Almada (2019), Galeria Quadrado Azul, Lisboa (2019, 2017) e Porto (2018), Galeria Zé dos Bois, Lisboa (2019), Porcino – ChertLüdde, Berlim (2018), MAAT, Lisboa (2016), Uma Certa Falta de Coerência, Porto (2014), Palais de Tokyo, Paris (2013), entre outros. Em paralelo à sua prática artística, Sena é co-fundador, co-editor e designer do colectivo editorial ATLAS Projectos (desde 2008), uma plataforma para experimentação e colaboração com artistas e autorxs.