GOLFO MÍSTICO | (Obstinação)
10 Outubro 2020 16h30
(Obstinação)
10 Outubro 2020, 16:30 | 17:30 | 18:30
Curadoria: JOÃO MADEIRA
Artista Visual: JOÃO MOURO
Músicos: MÁRIO RUA (bateria), NUNO REBELO (guitarra), HERNÂNI FAUSTINO (baixo)
O novo formato do Golfo Místico assenta primeiramente no convite a um artista plástico para propor, dentro da sua obra produzida, uma peça que desencadeará todo o processo criativo do evento. A partir da observação dessa peça, o curador do ciclo João Madeira, elabora uma estrutura para a peça musical a ser improvisada/composta em tempo real. É selecionado um trio de músicos improvisadores que irão interpretar ao vivo a peça musical composta através de uma nova experiência performativa com base no processo de improvisação “às cegas”. Ou seja, cada músico estará isolado num espaço diferente da galeria, parte de um trio que não se ouve entre si. Deste processo esperam-se resultados surpreendentes de sincronia e coesão.
Durante a performance, decorrerá na sala de concertos da Zaratan a projecção da partitura musical pela qual cada um dos músicos se rege individualmente, assim como a mistura sonora em tempo real dos 3 instrumentistas. O público terá a opção de ouvir a mistura sonora na sala de concertos, ou de circular pelo espaço e ouvir a interpretação individual de cada um dos músicos, ouvindo, nesse momento, apenas um deles.
Para cumprir com as regras de contenção da pandemia, e com a necessidade de limitar a lotação do espaço, o evento será repetido em 3 sets (16:30 | 17:30 | 18:30) e pedimos a marcação de lugares mediante reserva (boooking@zaratan.pt).
Bios:
JOÃO MOURO [Artista Plástico]
As obras de João Mouro (1985, Faro) são inspiradas no imaginário arquitectónico e construídas a partir de materiais velhos e reciclados, que recolhe e coleciona pelas ruas de Lisboa, onde vive e trabalha. Licenciado em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 2009, participou em várias exposições individuais, entre as quais Ventanismo (2012, Galería Astarté, Madrid e Santander, ES), A Idade do Armário (2011, Galeria 59, Lisboa, PT), Andar à tulha (2010, Show Me, Braga, PT) e Janelas de alumínio (2009, Galeria Novo Século, Lisboa, PT). Entre as exposições colectivas, destacam-se: 10ª Edição Prémio Novos Artistas Edp (2013, Fundação Edp, Porto, PT), João Mouro & Rafael Reverón-Pojan (2013, Galerie Ulrike Hrobsky, Viena, AU), Inside-out II - 5 colecciones (2012, Galeria Astarté, Madrid, ES),Arquitetura no Design (2012, Show me, Braga, PT), Scope Basel International Art Fair (2012, Galeria Astarté, Basel, CH), Experimenta Design - Show me design editors(2011, Galeria 59, Lisboa, PT), Nómadas urbanos (2010, Popup, Lx Factory, Lisboa, PT).
JOÃO MADEIRA [curadoria / composição / organização]
Iniciou os seus estudos de música no Conservatório de Lisboa, aos 12 anos, e seguiu depois o seu próprio percurso, tendo iniciado a sua pesquisa artística pela poesia, com um livro publicado em 2002. Após a sua licenciatura em Musicologia em 2003, fez investigação, coordenou um sector cultural público, iniciando depois a atividade pedagógica que ainda desenvolve. Estudou diversas linguagens musicais extraocidentais, antes de se dedicar exclusivamente à improvisação livre / composição em tempo real. No teatro e cinema, colaborou como compositor, músico, ator, sonoplasta ou mesmo diretor musical em: A Fabrica de Nada, 2005, Artistas Unidos; Agora eu era, 2007, Chapitô; África de José de Guimarães, 2012, Jorge Silva Melo; Para Acabar, 2014, Maus Hábitos/Porto; Parece que o Mundo, de Clara Andermatt, são algumas das suas participações. A solo destaca-se o seu projeto de vídeo-arte AERO (2011), mas atualmente é reconhecido pela sua colaboração regular com a Variable Geometry Orchestra de Ernesto Rodrigues, pelo trabalho desenvolvido com o seu trio GALMADRUA, pela sua colaboração regular com Paulo Curado, Sei Miguel e Miguel Mira, bem como o dueto de contrabaixos com Hernâni Faustino, entre outros projetos multidisciplinares, como a sua parceria com Margarida Mestre ou Constança C. Homem.
HERNÂNI FAUSTINO [baixo]
Contrabaixista do aclamado RED trio, faz parte de várias formações: Staub Quartet, Volúpia das Cinzas, Lisbon Freedom Unit, Nau Quartet liderado pelo saxofonista José Lencastre, e o power trio Uivo Zebra. Habitualmente colabora com os músicos Rodrigo Amado no Wire Quartet, Albert Cirera no seu Lisbon Trio, e com Vasco Trilla e Yedo Gibson no trio Chain, Hamar Trio, o duo de contrabaixos com João Madeira e ainda o grupo Metaphysical Angels de Vítor Rua Integrou o Trio/Quintet do saxofonista japonês Nobuyasu Furuya com o qual gravou "Bendowa" para a editora portuguesa Clean Feed, considerado o debut de 2009 pelo jornal da especialidade, All About Jazz de Nova Iorque.
Em concerto já tocou ao lado dos músicos: John Butcher, Mats Gustafsson, Nate Wooley, Agustí Fernandez, Axel Dorner, Lotte Anker, Mattias Stahl, Mat Maneri, Carlos Zíngaro, Sei Miguel, Susana Santos Silva, Jason Stein, Robert Mazurek, Nuno Rebelo, Jon Irabagon, Gerard Lebik, Daniel Carter, Jon Raskins, Wade Matthews, Chris Corsano, Elliott Levin, Neil Davidson, Dennis Gonzalez, Matt Bauder, Carl Ludwig Hubsch, Heddy Boubaker, Piotr Damasiewicz, Taylor Ho Bynum, entre outos.
MÁRIO RUA [bateria]
É baterista, nasceu em Lisboa, em 1978. E? chef de cozinha e percussionista por intuição. Estudou ambas as artes em Paris de 1998 e 2004. A mu?sica improvisada e jazz, em Paris no IACP com Lionel Belmondo e Stefane Belmondo, Jero?me Destours e Philipe Soirat . Frequentou o conservato?rio de jazz de Sarceles com Eric Breton. Tocou em va?rias formac?o?es de música improvisada nos palcos Parisiences. De volta a Lisboa frequentou a escola de jazz do Barreiro. Entre a cozinha e a mu?sica, criou com Pedro Castanheira, o projecto "Sete Sentidos". Em 2014 tocou e gravou o disco "Maresia" com George Haslam, produzido por Slam Records e Diogo Teixeira Lopes. Mais recentemente, editou "Ajuda" novamente com George Haslam, João Madeira e Pedro Castello Lopes, pela Slam Records.É baterista, nasceu em Lisboa, em 1978.
NUNO REBELO [guitarra]
É músico autodidacta tendo formação em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
Fez parte das bandas Street Kids (1980-83), Mler Ife Dada (1984-90), Plopoplot Pot (1991-92) e Polyploc Orkeshtra (1992-95).[2]
Foi o compositor de "Pangea", o tema oficial da EXPO 98. Partindo de uma base sinfónica de cariz épico (orquestração de Nuno Rebelo e João Lucas, interpretação pela Orquestra Metropolitana de Lisboa).pkins, Vera Mantero, João Fiadeiro, Constanza Brncic, Aldara Bizarro, etc..
Foi o compositor de "Pangea", o tema oficial da EXPO 98. Partindo de uma base sinfónica de cariz épico (orquestração de Nuno Rebelo e João Lucas, interpretação pela Orquestra Metropolitana de Lisboa) foram depois gravados vários músicos tocando instrumentos tradicionais representativos dos quatro cantos do mundo.
Nuno Rebelo era considerado, em Abril de 1999, um dos principais nomes da música improvisada portuguesa. Neste âmbito deu concertos com músicos como Carlos Zingaro, Jorge Lima Barreto, Vítor Rua, Marco Franco, Ernesto Rodrigues, Kato Hideki, Shelley Hirsch, Peter Kowald, Sebi Tramontana, DJ Olive, Hans Joachim Roedelius, Agusti Fernandez, Tom Chant, Gianni Gebbia, Audrey Chen, Graham Haynes, etc. Participou em grandes ensembles de improvisação dirigida, destacando-se várias actuações com a Variable Geometry Orchestra (dirigida por Ernesto Rodrigues), a European Improvisers Orchestra (dirigida por Evan Parker), Cobra (dirigido por John Zorn) e ainda um ensemble com vários improvisadores dirigidos por Fred Frith no festival Mixtur em Barcelona.
Revisita todo o seu percurso como compositor para teatro e dança no espectáculo "Compact Disconcert", com direção artística de Nuno Rebelo e direção cénica de Paulo Ribeiro e José Wallenstein, que foi apresentado no Teatro Nacional S. João (Porto) em 2001.
Entre 2013 e 2015 lecionou a disciplina de Improvisação Contemporânea na Escola Superior de Música Taller de Musics, em Barcelona.
Mais recentemente, incorporou "Bogus Pomp" de Paulo Chagas, com Fernando Simões, Mário Rua, João Madeira e o próprio Paulo Chagas, para um concerto único integrado no 'Jazz no Parque de Serralves' 2020.