Artists Talk | Nina Milanovsky & Beatriz Acevedo

24 Novembro 2019 18h00

24 de Novembro às 18h | Entrada livre


“Artist Talks” é um ciclo de conversas organizado pela Zaratan que oferece a oportunidade de encontrar os artistas internacionais em residência e de conhecer o seu processo criativo.
No Domingo, dia 24 de Novembro, as artistas Nina Milanovsky (CA) e Beatriz Acevedo (ES/UK) introduzem brevemente a sua prática artística e as suas temáticas de pesquisa.

>>> NINA MILANOVSKY
Nina Milanovski é uma performer, coreógrafa e produtora sediada em Toronto, Canadá.

Em Lisboa está a desenvover uma performance a solo que resulta numa combinação de texto falado e dança.

Formada no programa de dança da Universidade de York, Nina especializou-se em coreografia e performance e colaborou com artistas como Carol Anderson, Tracey Norman e Susan Lee. Iniciando seu trabalho a solo, Nina estreou “Fishbowl” em junho de 2017 como parte do The Festival ‘17 da New Blue Emerging Dance. Para continuar essa investigação colaborou com Ashlyn Kuy na co-produção do espectáculo “What comes next?”, que foi apresentado em março de 2019. Com o desejo de experimentar novos formatos enquanto coreógrafa, Nina serviu como estagiária e participante do evento Choreographic Marathon, onde colaborou com mentores inspiradores quais Michael Caldwell, Maxine Heppner, Junia Mason e Jessica Runge, entre outros. Em maio de 2018, Nina criou “Uncoupling” no contexto da maratona coreográfica e teve a honra de apresentá-lo no Dance Matters (Toronto), Nexfest (Edmonton) e Your Dance Fest (Toronto). Entre os projectos futuros há a produção do espectaculo de dança site specific “How did we get here?” como parte da programação CoWorks 2019/2020 da Danceworks (https://www.danceworks.ca/coworks_event/nina-milanovski/ para mais informações)

>>> BEATRIZ ACEVEDO

A prática artística de Beatriz Acevedo alicerça-se na relação entre materialidade e subjetividade. De que forma o nosso contacto quotidiano com os materiais e sua integração literal ou metafórica afeta a percepção de nós mesmos, do relacionamento com os outros e o meio ambiente? Com isso em mente, a artista utiliza materiais de nosso ambiente construído/sintético para referenciar o corpo e o orgânico, geralmente através de objetos de caráter fragmentário que dependem um do outro e do espaço envolvente. Esses objetos móveis e intercambiáveis colocam na espera e na pesquisa, construindo uma paisagem própria, onde o espectador se torna um objeto entre eles, e desencadeia-se desta forma um questionamento sobre a natureza desse encontro. Para esta residência na Zaratan, toma-se como ponto de partida o relacionamento entre corporalidade e metrópole, conforme descrito por Elisabeth Grosz no ensaio ‘Bodies-Cities’. Explorando a “pele” da cidade na sua materialidade ornamental, Beatriz Acevedo investiga a porosidade e a troca entre peles inorgânicas e orgânicas, cada uma carregada com a sua história.