SESSÕES NA CARVOARIA #1 - Concertos de Música Desconcertante | Barrio)Álvares + Veabis & Tubbhead

7 Fevevereiro 2015 19h00

Em colaboração com a Associação Terapêutica do Ruído, a Zaratan tem vindo a desenvolver uma programação musical regular de concertos experimentais, intervenções sonoras e outros ruídos. As "Sessões da Carvoaria" tomam o nome da sala que as abriga: um espaço com o chão de terra que antigamente era usado para armazenar carvão.  Nesta sesta sessão haverá actuações de Barrio)Álvares (CH/PT) e Veabis & Tubbhead (PT).
Movida pelo desejo de intensificar as relações entre a música e as artes visuais, esta programação tem sido também acompanhada por um projecto específico de edições gráficas em parceria com a 1359, que nesta primeira sessão contará com o artwork da ilustradora Marta Sales (pt).

BIOS

Barrio)Álvares
Bairro)Àlvares é Aude Barrio ao contrabaixo eléctrico e Bernardo Álvares com o  contrabaixo. «Podemos criar paralelismos entre os quatro elementos da natureza e os quatro elementos da música. Assim, o fogo estaria para a melodia, a terra para a tónica, a água para a harmonia e o ar para o ritmo. O magma, sendo uma concentração de todos estes elementos, surge como a melhor metáfora para o drone – fogo, terra, ar e água em movimento lento e devastador. Barrio)Álvares é um constante exercício de mistura de frequências de contrabaixo e contrabaixo eléctrico num mesmo amplificador e construção de um drone fundido em dissonância. Projecto de futuras ilhas ou montanhas. Não se esperem explosões de detritos mas antes uma conspiração vagarosa debaixo de terra a altas temperaturas.

Veabis & Tubbhead
Veabis & Tubbhead são três gajos, seis mãos e um chão. Têm em comum o facto de serem filhos do aborrecimento e vítimas do excesso de ruído trazido pelo pós-milénio. É a ele que auscultam e perscrutam, em busca de fragmentos que são depois (des)ordenados numa maralha de som enevoada, mas aconchegante. Não há um ponto de partida e dificilmente haverá uma chegada, mas há a vontade de descobrir um caminho – mesmo que momentâneo – apenas pelo prazer de cumprir mais uma viagem.

Marta Sales 
Marta Sales (Lisboa, 1980) é arquitecta, artista visual, performer. Obteve uma licenciatura em Arquitectura na Universidade Técnica de Lisboa (Universidade Técnica de Lisboa), estudou design de cena na Escola Superior de Teatro e Cinema e começou um mestrado em desenho na Faculdade de Belas Artes de Lisbon.Trabalhou como arquiteto, de forma independente, em vários estúdios, em Portugal e Espanha (Barcelona). Tem experiência profissional como designer e assistente de produção gráfica, adquirida durante o seu trabalho para o Festival Escrita na Paisagem, um festival internacional de artes cênicas em Évora, Portugal. As suas obras foram mostradas exposições colectivas e individuais em Portugal. Ensina artes visuais e desenho nas escolas e espaços públicos, como livrarias. Como performer, cria a sua própria música sob o nome de Ostraliana e colaborou em projectos musicais variados. É co-criador e intérprete da performance "Through the Looking Glass" com Eleonora Marzani (Coimbra, Portugal, 2011).