Finissage da exposição "WE ARE ALL LICHENS NOW" de Nuno Direitinho
14 Outubro 2016 15h39
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Nuno Direitinho
We Are All Lichens Now
15. 10. 2016
Encerramento
No dia 15 de Outubro, pelas 19 horas, a Zaratan - Arte Contemporânea convida para a finissage de "We Are All Lichens Now", uma exposição individual de Nuno Direitinho.
"We Are All Lichens Now" reflete sobre a premissa de independência em organismos vizinhos.
O trabalho aborda a entropia inerente à reconstrução da memória de um evento, investigando noções de realismo na percepção óptica da experiência de um local. O vídeo "Tendency To Motion", por exemplo, explora a noção de inércia e percepção de movimento. A edição do filme espelha a posição da audiência através de imagens com movimento aparente e de referência aos ritmos corporais do espectador tais como respiração e pulso. As perspectivas macro e micro interligam-se numa exploração entre o indivíduo e o seu ambiente, criando dinâmica constante entre o prático e o psicológico.
As obras presentes na exposição questionam a permanência de um estado contemplativo de finitude. Nessa finitude lê-se a impossibilidade do objecto conter a realidade daquilo que representa. "Gist" é uma instalação composta por vários peças de cimento, areia, pigmento preto e plintos. Os plintos usados na instalação derivam directamente da produção das peças que neles se mostram, criando simbiose entre forma e função. Ao adicionar sal a cimento de secagem rápida as esculturas respondem directamente à afectação dos cortes feitos pelo vidro e do espaço em que se inserem, demonstrando visualmente as condições atmosféricas da sala e a sua entropia. "Sandglass" é uma peça escultórica que reflete acerca do material a observar-se a si mesmo, fazendo referência ao uso de lentes e vidro como dispositivos de observação da estrutura do contexto em que nos inserimos.
O vulcão, como matéria orgânica e organismo vivo ao mesmo tempo, é uma imagem comum à origem de algumas das peças: enquanto "Sem título (sombra)" é a fotografia da sombra de um vulcão que se projecta na sua própria cratera, "Sem título (magma)" é a fotografia de uma formação vulcânica no interior de um túnel de lava.
Pensada especificamente para os espaços da Zaratan, "Measuring Stick" é uma instalação que reage às propriedades históricas do edifício. Ao mesmo tempo que cria uma medida do espaço, a instalação mede também a passagem do tempo através da cristalização dos materiais usados.
"We Are All Lichens Now" convida ao posicionamento do visitante como organismo mediador do espaço, activando um segundo encontro com o mesmo.
BIO:
Nuno Direitinho
Nuno Direitinho (1981, Lisboa) vive e trabalha em Lisboa. Formou-se em Fine Art Media no mestrado da Slade School of Fine Art – UCL (2014, Londres) e Fine Art Photography na licenciatura da Glasgow School of Art (2011, Glasgow). Exposições recentes incluem: Mostra (2016, Lisboa); Cornestone, APT gallery (2015, Londres); Get in Lane, Catalyst Arts (2015, Belfast); ’3+1’; MFA Degree show, Slade (2014, Londres) e Open Cube, White Cube (2013, Londres).
We Are All Lichens Now
15. 10. 2016
Encerramento
No dia 15 de Outubro, pelas 19 horas, a Zaratan - Arte Contemporânea convida para a finissage de "We Are All Lichens Now", uma exposição individual de Nuno Direitinho.
"We Are All Lichens Now" reflete sobre a premissa de independência em organismos vizinhos.
O trabalho aborda a entropia inerente à reconstrução da memória de um evento, investigando noções de realismo na percepção óptica da experiência de um local. O vídeo "Tendency To Motion", por exemplo, explora a noção de inércia e percepção de movimento. A edição do filme espelha a posição da audiência através de imagens com movimento aparente e de referência aos ritmos corporais do espectador tais como respiração e pulso. As perspectivas macro e micro interligam-se numa exploração entre o indivíduo e o seu ambiente, criando dinâmica constante entre o prático e o psicológico.
As obras presentes na exposição questionam a permanência de um estado contemplativo de finitude. Nessa finitude lê-se a impossibilidade do objecto conter a realidade daquilo que representa. "Gist" é uma instalação composta por vários peças de cimento, areia, pigmento preto e plintos. Os plintos usados na instalação derivam directamente da produção das peças que neles se mostram, criando simbiose entre forma e função. Ao adicionar sal a cimento de secagem rápida as esculturas respondem directamente à afectação dos cortes feitos pelo vidro e do espaço em que se inserem, demonstrando visualmente as condições atmosféricas da sala e a sua entropia. "Sandglass" é uma peça escultórica que reflete acerca do material a observar-se a si mesmo, fazendo referência ao uso de lentes e vidro como dispositivos de observação da estrutura do contexto em que nos inserimos.
O vulcão, como matéria orgânica e organismo vivo ao mesmo tempo, é uma imagem comum à origem de algumas das peças: enquanto "Sem título (sombra)" é a fotografia da sombra de um vulcão que se projecta na sua própria cratera, "Sem título (magma)" é a fotografia de uma formação vulcânica no interior de um túnel de lava.
Pensada especificamente para os espaços da Zaratan, "Measuring Stick" é uma instalação que reage às propriedades históricas do edifício. Ao mesmo tempo que cria uma medida do espaço, a instalação mede também a passagem do tempo através da cristalização dos materiais usados.
"We Are All Lichens Now" convida ao posicionamento do visitante como organismo mediador do espaço, activando um segundo encontro com o mesmo.
BIO:
Nuno Direitinho
Nuno Direitinho (1981, Lisboa) vive e trabalha em Lisboa. Formou-se em Fine Art Media no mestrado da Slade School of Fine Art – UCL (2014, Londres) e Fine Art Photography na licenciatura da Glasgow School of Art (2011, Glasgow). Exposições recentes incluem: Mostra (2016, Lisboa); Cornestone, APT gallery (2015, Londres); Get in Lane, Catalyst Arts (2015, Belfast); ’3+1’; MFA Degree show, Slade (2014, Londres) e Open Cube, White Cube (2013, Londres).