Do Liminar #1 – Ciclo de performance na Zaratan

19 Junho 2016 18h00

No dia 19 de Junho inaugura o Ciclo Do Liminar, uma plataforma para objectos experimentais no campo da performance como linguagem e prática alargadas. Acontece, uma vez por mês, na Zaratan – Arte Contemporânea, em Lisboa. O não-acontecimento, o erro que possibilita e o confronto nunca estanque das ideias ganham corpo em trabalhos de carácter transdisciplinar, com formatos de apresentação raramente assimilados nos modelos e lógicas de programação do espectáculo.
Como parte do ciclo do liminar e paralelo ao programa de performances, são convidados um escritor e um fotógrafo, em cada edição, para criarem um lastro, tradução, crítica livre que ganha a forma de publicação editada em papel.
Nesta primeira edição haverá performances de Matthieu Ehrlacher e Andresa Soares, documentadas por Sara Rafael (fotografia) e Rui de Almeida Paiva (texto). Paralelamente, os designers Marco Balesteros & Isabel Lucena apresentam o projecto da publicação ligada ao ciclo Do Liminar, cujo primeiro número será lançado durante o próximo episódo no dia 17 de Julho.

Nota: Aceitam-se propostas de apresentação para as próximas edições. Enviar para o endereço zaratan.ac@gmail.com

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Performances:

BANANA MAN de Matthieu Ehrlacher
Banana Man é uma fantasia, o narcisismo em pessoa, um monstro que se esconde atrás da sua própria identidade, na tentativa de se iluminar por um amarelo que se pode comer. É a tristeza interna do que se esconde em si mesmo, a farsa do que se ilude no seu próprio corpo - disforme, carnudo e amarelo - o canibalismo de um ser fragmentado em pedaços.

COMBUSTÃO de Andresa Soares
Combustão é um processo de queima de ideias através de uma corrida em velocidade na qual se percorrerá, em 15 min, 8,3 Km de pensamento. O fim desta corrida é perfeitamente igual ao seu começo - a fuga. A constante derrapagem que a caracteriza acontecerá na área de 0,20 m2 e não haverá qualquer direito a argumentação. 


BIOS:

Matthieu Ehrlacher
Em Lisboa estudou música e saxofone na escola de Jazz Luiz Villas-Boas (Hot Club) e completou o PEPCC.Para além das suas criações a solo e da criação colectiva thistakestime, trabalhou com Andresa Soares/Gonçalo Alegria, Carlota Lagido, Miguel Loureiro, Vera Mantero, Jérôme Bel, Xavier le Roy, Ana Borralho e João Galante, James Newitt, André Guedes, Joana Duarte e S. Cansu Ergin. É apoiado pela estrutura O Rumo do Fumo. Actualmente desenvolve e trabalha em Lisboa no projecto Around The Table de Anne Kerzerho & Loïc Touzé. Toca saxofone em Farra Fanfarra, Puntkzapuntz e They Must Be Crazy.

Andresa Soares
Coreógrafa, bailarina e actriz. A sua formação dividiu-se entre a dança, o teatro e as artes visuais. Da formação em dança destaca o trabalho com Sofia Neuphart, Vera Mantero e Francisco Camacho (CEM e Fórum Dança). Desde 2002 que desenvolve o seu próprio trabalho como criadora e integra vários projectos de colaboração nas artes performativas. O seu trabalho foi apresentado em Portugal, Alemanha, Espanha, França e Brasil. É co-fundadora da associação Máquina Agradável Associação Cultural.

Sara Rafael
Tendo já participado em exposições e publicações, nos últimos anos tem vindo a registar com regularidade os movimentos da sua vida e, sobretudo, de Lisboa. Paralelamente, Rafael criou o seu heterónimo Jejuno: entidade que dá lugar à exploração de sons através de teclados electrónicos e pedais de efeito.

Rui Paiva
No campo da literatura tem produzido textos para teatro, dança e cinema. Fez mestrado em Edição de Texto, na FCSH-UNL, em 2013 – com a tese Jean Rouch: o cineasta da máquina de escrever ou o escritor da câmara de filmar. Publicações do autor:"A mala rápida do senhor Parado", Edições Trinta Por Uma Linha, 2010. (Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores e Menção Honrosa do Prémio Branquinho da Fonseca – Gulbenkian/Jornal Expresso, em 2005.), "Quem viaja encontra os segredos antigos mas perde os sapatos novos", Dois Dias Edições, 2014, "Efeito Kuleshov" (com Joana Bértolo e Sofia Gonçalves), Dois Dias Edições, 2014. "Ministério da Educação" (Poesia), Edições Douda Correria, 2015. "O Ploc do Pollock", Edições Caminho, 2016. (Concurso Lusófono da Trofa – Prémio Matilde Rosa Araújo, 2015).