VÉRONIQUE BUIST

1 Novembro 2017 – 30 Novembro 2017

BIO:

VÉRONIQUE BUIST é uma artista multidisciplinar canadense que atualmente vive e trabalha em Montreal, Quebec. Depois de obter o BA em artes visuais e multimédia na UQÀM, o seu trabalho trouxe-a à Europa para explorar e investigar. A sua prática artística, focada na exploração do processo de comunicação, combina texto, desenho, fotografia e elementos botânicos. Participou em várias exposições individuais e colectivas em Canada, França e Bélgica. Além de dedicar-se a sua prática artística, também trabalha como florista e escritora.


WEBSITE:
https://veroniquebuist.com/

PROJECTO: 
Entre fleurs et fêlures, tellement peu | À primeira vista, as obras de Véronique Buist aparecem como padrões decorativos. De facto, a sua prática começa acima de tudo com bordados, uma habilidade altamente precisa, tipicamente feminina.

Ao olhar com mais cuidado, porém, repara-se que não há nada de romântico ou especificamente feminino nos seus trabalhos. São peças densas, portadoras de uma sensação de estarem perdidos e deslocados na vida, mergulhados numa geografia esculpida que alude a muitas coisas.

Com um conjunto de tesouras e agulhas, Véronique Buist gasta horas cortando e montando materiais, obtendo uma geografia esculpida que alude a muitas coisas diferentes. Todas eles, porém, compartilham um tema comum: a forma que a vida toma ao espalhar-se e organiza-se. É lá, nos temas e parcelas subjacentes ao bordado, que vemos o desenvolvimento das raízes de certos vegetais, a forma como as células do tecido vivo se desenvolvem, a maneira como diferentes tipos de cidades desvendam as suas redes de estradas e circuitos elétricos

A artista retira os seus sujeitos do mundo real, a partir de imagens antropológicas, botânicas e todo tipo de ilustrações científicas e mapas geográficos. Nesta perspectiva, até a alusão ao estofamento doméstico, com seus padrões de rosas e flores, torna-se uma manifestação de como a natureza funciona - neste caso, através da destreza e do gosto do homem.

O rito da vida e sua propagação inevitável são repetidos, com os ramos secos sendo deixados às vezes para morrer e às vezes para viver.



APRESENTAÇÕES PÚBLICAS:
Artist talk | 11/11/17
Open studio |  23-24-25-26/11/17