EM OBRAS | Exposição final
24 Outubro a 2 Novembro
EM OBRAS | Exposição final
Agunamaise Remi
Filipe Vilas-Boas
Leal Pereira
Maria Couto
Tatyana Cristina
ABERTO | 24 outubro – 2 novembro 2025
HORÁRIO | Qua-Dom 16:00 – 20:00
ENTRADA | Livre
APOIO | Câmara Municipal de Lisboa, República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
A Zaratan tem o prazer de apresentar a exposição final da quinta edição do laboratório experimental EM OBRAS, que decorreu durante 13 dias e contou com a participação de Agunamaise Remi, Filipe Vilas-Boas, Leal Pereira, Maria Couto e Tatyana Cristina.
Longe dos métodos tradicionais de ensino, o laboratório enfatizou a prática, a improvisação, o debate e a colaboração. A discussão das obras de arte, as suas qualidades formais, o significado que cria, o ambiente envolvente, o trabalho do artista e o do espectador - todos estes assuntos têm características educacionais e são exemplos da abordagem curatorial da Zaratan às atividades de formação. Não se trata apenas de organizar a troca de saberes, mas antes de tudo, criar espaços discursivos: um contexto aberto para a existência da prática artística contemporânea.
O projeto expositivo assenta na relação colaborativa entre todos os envolvidos: uma comunidade em transformação, que foge das práticas de identificação e gera um mapa relacional dinâmico.
Após um intenso período de trabalho coletivo com o grupo de artistas/formadores – composto por António Olaio, Daniel Antunes Pinheiro, Gemma Noris, João Fonte Santa, José Chaves, Nuno Direitinho e Stéphane Blumer –, a galeria da Zaratan configura-se num palco para os participantes partilharem com o público as atividades desenvolvidas durante o workshop, onde o espaço físico é preenchido com pensamento e produções transversais, individuais e coletivas.
BIOGRAFIAS:
AGUNAMAISE REMI (n. 1994) é uma pintora autodidata nascida no México, radicada em Burlington, Vermont. O seu trabalho explora a natureza fluida e frequentemente contraditória da autoperceção, da identidade e da memória, através de uma interação dinâmica entre abstração e figuração. Através de um processo intuitivo, permite que cada pintura se desenvolva de forma orgânica, criando composições estratificadas que funcionam como rituais pessoais — espaços onde o movimento, a memória e o mito convergem. Para Remi, a pintura é uma forma de navegar o inconsciente, dando forma a experiências recordadas, distorcidas ou ocultadas.
FILIPE VILAS-BOAS | O artista conceptual luso-francês Filipe Vilas-Boas (n. 1981, Barcelos; vive em Paris) explora a forma como a tecnologia molda a nossa experiência coletiva e individual. Trabalhando com instalações interativas, arte pública, escultura e performance digital, aborda a vigilância, a IA, a ecologia, a migração e a identidade. O humor e a ironia ancoram a sua abordagem crítica, mas poética, revelando tensões entre conectividade e controlo. Envolvendo-se com o espaço público e as comunidades, as suas obras convidam à reflexão sobre a ética dos algoritmos e a política dos dados. As suas exposições incluem a Tate, FILE São Paulo, CENTQUATRE, KIKK, DA Z e o MAAT.
LEAL PEREIRA | (n. 1997. Desenvolve na sua prática artística um diálogo com a materialidade do quotidiano, resgatando objetos descartados que perderam sua função original, mas não o seu valor enquanto matéria. Através de diversos meios tecnológicos, as suas obras exploram a relação entre o ser humano e o ser material, refletindo sobre as dinâmicas da sociedade contemporânea e o impacto de nossas escolhas. Com uma abordagem que oscila entre o industrial e o orgânico, Leal Pereira transforma resíduos em composições viscerais, onde texturas, formas e contrastes convidam à introspeção. Apresenta com o seu trabalho um olhar renovado sobre aquilo que é frequentemente negligenciado, evocando a memória e a transitoriedade dos materiais, enquanto questionando o efêmero e o permanente na experiência humana.
MARIA COUTO |(n. 2002) é uma artista cuja prática se desenvolve em campos multimédia e interdisciplinares, integrando vídeo, som, imagem, escultura e instalação. Licenciou-se em Artes Plásticas pela ESAD (2024) e adquiriu experiência internacional através do programa Erasmus na LUCA School of Arts, em Ghent, Bélgica , onde aprofundou o seu interesse por processos criativos partilhados. Atualmente, o seu trabalho foca-se na colaboração com outros artistas e entidades culturais, valorizando a experimentação e a criação de diálogos entre a arte contemporânea e os espaços sociais e digitais.
TATYANA CRISTINA (Lisboa, 2001) é artista visual, licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2023. Vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho desenvolve-se através de uma prática multidisciplinar, que combina diferentes meios e processos experimentais para explorar pensamentos recorrentes e fragmentos da experiência quotidiana. Objetos que coleciona, imagens de arquivo e elementos do quotidiano surgem como matéria-prima para a criação de narrativas fragmentadas, abertas à interpretação. Cada obra é uma investigação sobre identidade, memória e a forma como o corpo — físico ou simbólico — ocupa e transforma o espaço. Através de estratégias visuais e performativas, a artista propõe experiências sensíveis que interpelam o olhar do espectador e o convidam a entrar num diálogo ativo com o trabalho.

