SUBSTRATO #3 | Filipa Almeida | «Bestiário Subterrâneo»
5 Junho a 22 Junho

SUBSTRATO #3
Filipa Almeida | Bestiário Subterrâneo
ABERTO | 5 Junho – 22 Junho 2025
HORÁRIOS | Qua-Dom, 16:00-20:00
VISITA GUIADA COM INTERPRETE LGP | 21 Junho às 10:30
ATELIÊ PARA CRIANÇAS | 22 Junho às 10:30
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
A Zaratan tem o prazer de apresentar Bestiário Subterrâneo, de Filipa Almeida, uma instalação multimédia que propõe uma escavação sensível ao interior — um mergulho simbólico no subterrâneo do corpo e da memória. Inspirada pela imagem de uma mão frágil e raquitica que deseja tornar-se asa, a obra convida-nos a escutar o ritmo invisível que pulsa sob a superfície: os bichos que nos habitam, as pedras que nos observam, a poesia pisada que pode renascer. Através de gestos de aproximação e transformação, entre resistência e transparência, esta criação é um exercício em que o processo de escavação poética e vital torna aquilo que é frágil em precioso.
Bestiário Subterrâneo de Filipa Almeida é o terceiro episódio de SUBSTRATO, um novo ciclo de exposições na Zaratan que propõe estimular produções artísticas pensadas propositadamente para um espaço específico da Zaratan, nomeadamente para o micro anfiteatro sito na black box da galeria. Esta estrutura côncava torna-se o eixo central do projeto. A aproximação com o espaço, o ambiente e a arquitetura é um elemento essencial das obras apresentadas, que podemos definir propriamente como site-specific.
BIOGRAFIA: FILIPA ALMEIDA (1996) é artista visual multidisciplinar e curadora independente. Licenciada em Ciências da Cultura e da Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), concluiu uma Pós-Graduação em Curadoria de Arte na Universidade Nova (FCSH) e um curso de Estética e História da Arte na Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 2023 terminou o Mestrado em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneas na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), com a dissertação Avoid Static Structures — o livro de artista como objeto independente e expandido. Escreve regularmente para a Artecapital, onde publica ensaios e textos críticos sobre arte contemporânea e artes performativas. Trabalha também como modelo nas aulas de desenho e desenho anatómico da FBAUL, prática que a incentiva a aprofundar a sua própria investigação sobre vivermos num mundo onde somos seres videntes e visíveis. Em 2023 foi uma das artistas selecionadas para o Curso de Artes Visuais da FLAD, em Loulé, culminando na participação na exposição Onde vai o pião vai o ferrão. Destacam-se as exposições Algo se mexeu (Útero, 2022), onde lançou três livros de artista, e Toshiba Dreams (ZDB, 2023). Interessa-lhe dar a ver a dança milimétrica do mundo e da matéria e deseja continuar a trabalhar e explorar possibilidades nos mundos da curadoria, da edição, e das artes visuais, acreditando que estas disciplinas são múltiplas, desdobrando-se e expandindo-se mutuamente, unidas numa contínua tensão/extensão.