ENCENAÇÃO
13 Março a 13 Abril

Com Bruno José Silva, Hernâni Reis Baptista, Isa Toledo e Mariana Malheiro
Curadoria de Bruno Humberto
INAUGURAÇÃO | 13 de Março de 2025, 16:00
LEITURA-CONCERTO | 13 de Março de 2025, 19:00
EXPOSIÇÃO | 14 de Março – 13 de Abril de 2025
VISITA GUIADA | 23 de Março, às 17:00
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes
Desde o início a Zaratan confia a organização da sua agenda de exposições aos artistas e desta forma encarna uma percepção anti-hierárquica do mundo da arte - onde artistas, curadores, galeristas, críticos e público são todos considerados “jogadores” do mesmo jogo - e abraça a teoria da pratica expandida, no sentido de considerar o artista não só como o “criador” da obra de arte, mas como um operador cultural socialmente imbricado. Esta visão concretiza-se em propostas expositivas que não apenas envolvem, mas antes partem dos artistas-comissários envolvidos no processo. Perpassa-se por estimular procedimentos moldados na aceitação da incerteza, articulando uma maneira particular de integrar na curadoria a experimentação, a espontaneidade e a descoberta não submetidas a condições ou compromissos associados a resultados pré-estabelecidos. Em 2025 a Zaratan convida Bruno Humberto para assumir o papel de artista-curadora com a organização de uma exposição. Encenação surge no contexto deste convite e apresenta trabalhos artísticos de Bruno José Silva, Hernâni Reis Baptista, Isa Toledo e Mariana Malheiro.
A 13 de março, às 18h00, a inauguração celebrará a colaboração artística, com uma leitura a duas vozes de Isabel Costa e do curador Bruno Humberto, e a participação musical do saxofonista Pedro Alves Sousa.
Nesta Encenação encontramos trabalhos que carregam uma performatividade latente em comum, várias presenças e estados de preparação para uma ação no palco, que podemos aceder em partes e já no silêncio que antecede a estreia. A arquitetura do anfiteatro desconstruído em escultura com Bruno José Silva; o espelho e o figurino que documentam a respiração da atriz, em Hernâni Reis Baptista; os objetos que indiciam a coreografia e a morte repetida em palco, no caso de Isa Toledo; e as visões da cruel solidão do performer e da violência do espetáculo na pintura de Mariana Malheiro. Isto tudo, com a proximidade e distância que a escuridão trazida por uma cortina amplifica, e que o rumor do público ao olhar para as coisas concede.
Imagem do cartaz: “We are going down” (2022) de Bruno José Silva
Bios Artistas:
BRUNO JOSÉ SILVA é licenciado em Estudos Arquitectónicos da (FA.ULisboa) e em Fotografia pela HÉLICE (Bolsa de Mérito). É um artista transdisciplinar que explora a intersecção entre arte, novos media e reflexão crítica. A sua pesquisa artística concentra-se em temas como a exploração do tempo, a percepção da imagem e o impacto das ferramentas digitais na contemporaneidade. Apresentou o seu trabalho em exposições coletivas e individuais, em espaços independentes e institucionais. O seu trabalho foi selecionado para o Prémio Norberto Fernandes (Portugal, 2024); Biennale de I’Image Tangible (Paris, 2023); Prémio Vídeo Keep It Brian (Balaclava Noir, 2021) e finalista dos Jovens Criadores (IPDJ, 2021). | https://brunojosesilva.com/
Bio Curador:
BRUNO HUMBERTO estudou e lecionou no mestrado de Performance Making, na Goldsmiths College, em Londres. Colaborou com os artistas Graeme Miller, Gustavo Ciríaco, Allard van Hoorn, entre outros. A exposição Acts of Disappearance, premiada pelo Parallel award foi apresentada, entre outros, na edição 2019 do Photo London. Com Franek Ammer fez a curadoria da exposição The Happy Death of Images apresentada no Book Art Museum, em Lodz, na Polónia, como parte da programação do Fotofestiwal 2022. É co-editor da revista de arte contemporânea Wrong Wrong e faz programação e curadoria em vários espaços e projetos. | www.brunohumberto.com
Concerto:
PEDRO ALVES SOUSA (1986, Lisboa) licenciou-se em escultura na Faculdade de Belas Artes em Lisboa em 2009. Hoje em dia apresenta o seu trabalho maioritariamente como saxofonista, ramificando-se também em outras áreas como a composição e produção, fotografia, instalações e performance. Fundou ou cofundou bandas como: Má Estrela, EITR, Casa Futuro, Peter Gabriel Duo, Pão. Participa também em várias bandas como Caveira, Volúpias das Cinzas, Serpente. Colaborou com nomes como Evan Parker, RP Boo, Phil Niblock, Sei Miguel, Rafael Toral, Mão Morta, Alexander Von Schlippenbach, Thurston Moore, Johan Berthling, Peter Evans, Marching Church, Black Bombaim. Foi vencedor em 2013 da Bolsa Ernesto de Sousa e participou no Experimental Intermedia Festival em Nova Iorque. No fim de 2022 lança a editora de discos Futuro Familiar.