COLIBRI EM CHAMAS com Norberto Lobo, Oro Íris e Yaw Tembe
4 Janeiro a 11 Fevevereiro
COLIBRI EM CHAMAS
Com Norberto Lobo, Oro Íris e Yaw Tembe
Curadoria de Maja Escher
INAUGURAÇÃO | 4 Janeiro 2024, 16:00
PATENTE | 5 Janeiro – 11 Fevereiro 2024
VISITA GUIADA | 4 Fevereiro, 17:00
CONCERTOS | 11 Fevereiro, 18:00
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes
Com Norberto Lobo, Oro Íris e Yaw Tembe
Curadoria de Maja Escher
INAUGURAÇÃO | 4 Janeiro 2024, 16:00
PATENTE | 5 Janeiro – 11 Fevereiro 2024
VISITA GUIADA | 4 Fevereiro, 17:00
CONCERTOS | 11 Fevereiro, 18:00
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes
Desde o início a Zaratan confia a organização da sua agenda de exposições aos artistas e desta forma encarna uma percepção anti-hierárquica do mundo da arte - onde artistas, curadores, galeristas, críticos e público são todos considerados “jogadores” do mesmo jogo - e abraça a teoria da pratica expandida, no sentido de considerar o artista não só como o “criador” da obra de arte, mas como um operador cultural socialmente imbricado.
Esta visão concretiza-se em propostas expositivas que não apenas envolvem, mas antes partem dos artistas-comissários envolvidos no processo. Perpassa-se por estimular procedimentos moldados na aceitação da incerteza, articulando uma maneira particular de integrar na curadoria a experimentação, a espontaneidade e a descoberta não submetidas a condições ou compromissos associados a resultados pré-estabelecidos.
Em 2024 a Zaratan convida Maja Escher para assumir o papel de artista-curadora com a organização de uma exposição. “COLIBRI EM CHAMAS” surge no contexto deste convite e apresenta trabalhos artísticos de Norberto Lobo, Oro Ìris e Yaw Tembe que partilham as suas pesquisas em desenho, escultura e instalação.
"É de fibra natural, essa corrente energética, tecida de estrelas pelo sonho, lavada à noite por fumos quentes. Esse véu semi transparente, seco aos tons de sol e aos sons do ventre. É calma e agitada esta trama, onde nos deitamos no céu e na chama, com palavras que nos deixam absortos, deixando sair os gestos tortos. Sem conformidade ao tempo e sem contar ao ruído, partilhamos o espaço que temos dentro. E esse espaço existe quando estamos fora, esse tecido fluorescente, que faz tremer o espírito e que dá alimento à gente".
Laura dos Campos
Biografias:
MAJA ESCHER | Santiago do Cacém, 1990. Vive e trabalha entre Lisboa e o Monte Novo da Horta dos Colmeeiros (Odemira). Concluiu a licenciatura e Mestrado em Arte Multimédia na FBAUL e estudou na Architecture and Visual Arts School –London (2011). Curso de Cerâmica no Ar.Co e bolseira em Projecto Indiviual – Cerâmica na mesma instituição (2018/19). Participa regularmente em programas de residências artísticas, nomeadamente nas Oficinas do Convento em Montemor-o-Novo com Qual é a coisa qual é ela?que quá é sá é? (2018), o Projecto Participativo Mastro dos Vizinhos na Casa da Cerca-Centro de Arte Contemporânea (2019), e How to make it rain (in 5 steps) na Worlding em Londres (2021) com o apoio da Fudação Calouse Gulbenkian. Das exposições destacam-se: “Só pedimos que nos semeiem na terra” com Sérgio Carronha, Galeria Monitor Lisboa 2022; “Um Dia Choveu Terra”, Galeria Municipal de Arte de Almada (2020); “Azul” , Ar.co Xabregas, (2018). A prática artística de Maja Escher tem uma dimensão coletiva e híbrida na qual desenhos, objetos encontrados, práticas colaborativas e métodos de trabalho de campo fazem parte do processo para desenvolver instalações site-specific e projetos de investigação. Estabelecer uma relação com os lugares e as pessoas é essencial para o seu processo de trabalho: frequentemente os seus projetos surgem de um momento de partilha, uma conversa, uma música ou um objeto encontrado ou oferecido.
NORBERTO LOBO | Nascido em Lisboa em 1982, Norberto Lobo é já uma das figuras principais da música portuguesa deste arranque de século. À parte de qualquer ensino académico especializado, Norberto edificou o seu trajecto através de uma aprendizagem riquíssima e independente, tanto individual quanto generosa e comunal, por uma vasta panóplia de música. Assente tanto no fingerpicking da tradição americana de nomes como John Fahey ou Robbie Basho, como na pureza melódica de Carlos Paredes, na liberdade harmónica do jazz ou na hipnose da raggae e outras músicas de elevação, a música de Norberto Lobo é hoje algo muito seu, sempre fascinante e em busca de novas formas. Ao longo dos anos tem colaborado com artistas como os München, Chullage ou Lula Pena, para além de ser co-fundador dos projectos Norman, Colectivo Páscoa e Tigrala. Já partilhou palcos ou digressões com variadíssimos músicos internacionais, como é o caso de Lhasa de Sela, Devendra Banhart, Larkin Grimm, Naná Vasconcelos ou Rhys Chatham.
YAW TEMBE | Natural da Suazilândia, há vários anos residente em Portugal, licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa no curso de Jazz, e pela Faculdade de Belas Artes do Porto em Escultura. tem vindo a desenvolver um trabalho caracterizado pela exploração dos conceitos de transitoriedade e fragilidade num processo que tem cruzado várias áreas de criação - artes plásticas, vídeo, dança; a música tem sido o maior pretexto para a experimentação em projectos como GUME, Sírius e Chão Maior. Tem o trabalho editado em várias editoras nacionais e internacionais, dentre as quais, Clean Feed, Creative Sources, Shhpuma, three: four recordos (CH), A giant Fern (UK), paralelamente, tem colaborando com diversos criadores (Marlene Freitas, Norberto Lobo, Evan Parker, Joshua Abrams & The Natural Information Society, Orphy Robinson, Hieroglyphic Being, Ricardo Jacinto, etc) em espaços e festivais como Serralves, Festival de Músicas do Mundo de Sines, FITEI, Teatro Maria Matos, Outfest, Culturgest, Montpellier Danse (FR), Athens and Epidaurus Festival (GR), SPRING Performing Arts Festival (NL), Kunstfestival (BE), KYOTO EXPERIMENT (JP), SIDance2018 (KR), Bienal de Veneza (IT), Festival TransAmeriques, Montreal (CA) entre outros. Atua, desde 2020, como programador de música e artes sonoras no Teatro do Bairro Alto em Lisboa.
ORO ÍRIS | (n. 1994) É um dos pseudonimos de Laura dos Campos. Artista de variedades, cresceu em Lisboa entre reuniões familiares e derivas na cidade. Licenciou-se, em 2017, em escultura pela FBAUL. A partir daí dedicou-se ao movimento dos pés. Trabalhou na restauração nas vindimas e apanhas de frutas como cabeleireira e cozinheira. Participa em projetos artísticos coletivos como performances e convívios culturais. Aprende e pratica a auto-edição de objetos para folhear. Vai registando todos estes e outros acontecimentos em largas resmas de papel e parede. Algumas exposições: Entremãos (2018, Galeria Municipal de Montemor-O-Novo), Primavera Primitiva (2018, L-A-T-E-L-I-E-R, Lausane), Concurso de São José (2020, Póvoa de Lanhoso) ou Bonecreiro (2021, Museu de Olaria de Barcelos), Oro n’a mata (2022, Lisboa).