SORCHA MCNAMARA | «Lapses»
27 Junho 2024 16h00
SORCHA MCNAMARA | «Lapses»
27-28-29 June 2024, 16:00-20:00
Entrada Livre
Entrada Livre
Sorcha McNamara usa a pintura e sua fisicalidade expandida como um canal para explorar a relação entre a materialidade sentida e incorporada das coisas e os sistemas de pensamento mais calculados e metódicos.
Durante a sua passagem pela Zaratan, iniciou um processo de reflexão, reciclagem e escavação do seu trabalho mais recente, ao mesmo tempo que embarcou numa série de encontros materiais - tanto físicos como subtis - no ecossistema urbano de Lisboa. O título da exposição, o verbo “to lapse”, significa tanto cair de um nível ou padrão anterior, quanto passar gradual ou suavemente para algo. A partr deste verbo, desencadeou uma reflexão sobre a multiplicidade de significados atribuídos às palavras e, por extensão, na sua inevitável falta de sentido, os seus fracassos e absurdos. Inteiramente por acaso, deu-se com a obra de Vitor Fortes, um pintor português relativamente obscuro do pós-guerra, cujo trabalho foi descrito em termos de '...música de álgebra...a variabilidade mais extrema de estruturas abertas dentro de a maior regularidade e continuidade dos sistemas.'
Para esta apresentação pública, Sorcha apresenta uma instalação/intervenção site-specific que acontece no corredor da galeria. Trabalhar com espontaneidade e improvisação permitiu-lhe gerar material com um sentido de abertura e possibilidade. Respondeu e adaptou-se às condições já existentes do espaço, com a intenção de guiar os espectadores para um estado elevado de consciência, chamando a atenção para uma sensação de presença/ausência, a experiência do gesto e do movimento de fazer algo.
Durante a sua passagem pela Zaratan, iniciou um processo de reflexão, reciclagem e escavação do seu trabalho mais recente, ao mesmo tempo que embarcou numa série de encontros materiais - tanto físicos como subtis - no ecossistema urbano de Lisboa. O título da exposição, o verbo “to lapse”, significa tanto cair de um nível ou padrão anterior, quanto passar gradual ou suavemente para algo. A partr deste verbo, desencadeou uma reflexão sobre a multiplicidade de significados atribuídos às palavras e, por extensão, na sua inevitável falta de sentido, os seus fracassos e absurdos. Inteiramente por acaso, deu-se com a obra de Vitor Fortes, um pintor português relativamente obscuro do pós-guerra, cujo trabalho foi descrito em termos de '...música de álgebra...a variabilidade mais extrema de estruturas abertas dentro de a maior regularidade e continuidade dos sistemas.'
Para esta apresentação pública, Sorcha apresenta uma instalação/intervenção site-specific que acontece no corredor da galeria. Trabalhar com espontaneidade e improvisação permitiu-lhe gerar material com um sentido de abertura e possibilidade. Respondeu e adaptou-se às condições já existentes do espaço, com a intenção de guiar os espectadores para um estado elevado de consciência, chamando a atenção para uma sensação de presença/ausência, a experiência do gesto e do movimento de fazer algo.
BIO:Sorcha McNamara é uma artista visual que vive e trabalha em Mayo, na Irlanda, e em outros lugares. Possui um mestrado em Arte + Pesquisa Colaborativa pela IADT Dún Laoghaire (2024) e uma licenciatura em Belas Artes - Pintura pela Limerick School of Art & Design (2019). Exposições individuais anteriores incluem ‘Fathomless Arms’, Ballina Arts Centre, Mayo (2023); ‘(des)attachments’, The Hyde Bridge, Sligo (2022) e Oonagh Young Gallery, Dublin (2022). A sua prática foi apoiada pelo Arts Council of Ireland e pelo Mayo County Council Arts Office. Sorcha já realizou residências no Leitrim Sculpture Center (2024); Totaldobze Art Centre, Riga (apoiado pela Ormston House, Limerick e pelo projeto Artist-Run Network Europe, 2022); Projetos Tangentes, Barcelona (2021); e PADA Studios, Lisboa (2020). O seu trabalho está representado nas coleções The Office of Public Works, Dublin; O Museu Hunt, Limerick; bem como coleções particulares na Europa e no Reino Unido.
Sorcha trabalha como pintora, ou mais precisamente, como criadora de coisas. Mas mesmo ‘criador’ não é realmente a palavra certa: indica algo orgânico e sugere o ato de fazer a mão, relacionado com nobreza do artesanato. Em vez disso, ela age como uma compositora – a pessoa a frente da orquestra a agitar os braços, cujo papel e propósito parece questionável, mas sabe-se quão importante é a sua função para a estabilidade de toda a peça.
A sua intenção é transgredir o que a pintura é, ou pode ser - especificamente com vista a desmantelar o seu enquadramento, a sua estrutura e posição num determinado espaço. Como pintora, as suas transgressões muitas vezes assumem a forma de intervenções no espaço responsivas ao local, utilizando materiais encontrados ou recuperados, que assumem vários graus de significado gestual e autoria no processo. Interessa-se em saber como a pintura, enquanto forma, pode entrar em redes além si mesma. Como pode mover-se, mudar, transformar o seu potencial material e infiltrar-se em sistemas alternativos de pensamento, permanecendo no reino do objecto imóvel e mudo.
Sorcha trabalha como pintora, ou mais precisamente, como criadora de coisas. Mas mesmo ‘criador’ não é realmente a palavra certa: indica algo orgânico e sugere o ato de fazer a mão, relacionado com nobreza do artesanato. Em vez disso, ela age como uma compositora – a pessoa a frente da orquestra a agitar os braços, cujo papel e propósito parece questionável, mas sabe-se quão importante é a sua função para a estabilidade de toda a peça.
A sua intenção é transgredir o que a pintura é, ou pode ser - especificamente com vista a desmantelar o seu enquadramento, a sua estrutura e posição num determinado espaço. Como pintora, as suas transgressões muitas vezes assumem a forma de intervenções no espaço responsivas ao local, utilizando materiais encontrados ou recuperados, que assumem vários graus de significado gestual e autoria no processo. Interessa-se em saber como a pintura, enquanto forma, pode entrar em redes além si mesma. Como pode mover-se, mudar, transformar o seu potencial material e infiltrar-se em sistemas alternativos de pensamento, permanecendo no reino do objecto imóvel e mudo.