CONSTANZA SOLÓRZANO | Ferida Espectral

2 Março 2023 16h00

Zaratan AIR | Open Studio
CONSTANZA SOLÓRZANO | Ferida Espectral

EXPOSIÇÃO | Março 2-3-4-5, 16:00 – 20:00
ENTRADA | Gratuita
INFO| residencies@zaratan.pt

A Zaratan tem o prazer de apresentar "Ferida Espectral", uma exposição pop-up de Constanza Solórzano, que apresenta os trabalhos desenvolvidos durante a sua residência em Lisboa.

Olhando para a história colonial através de uma perspetiva autobiográfica, o projeto em exposição explora noções de tempo, passado, mestiçagem e memória através de médias diferentes: um livro de artista, imagens fixas e vídeos.

A utilização de fotografias efémeras e técnicas analógicas reforça a relação entre o suporte fotográfico e o tempo: considerando o espaço fílmico enquanto vestígio, a sua presença comporta a construção de uma ausência e a aparição de uma falha na renovação da memória.

Através da sobreposição de retratos do arquivo familiar com o rosto da própria artista, "Ferida Espectral" propõe uma dupla chave de leitura: por um lado, invoca o memória dos seus antepassados desconhecidos; por outro, explora a história de miscigenação social do seu país de origem, a Colômbia, e denuncia a violência colonial que determinou o apagamento das outras culturas que não a europeia.
BIO: CONSTANZA SOLÓRZANO | É fotógrafa e antropóloga. Trabalha com imagens e pesquisas acadêmicas para aproximar-se de uma investigação contemporânea de categorias como "tempo", "memória", "vida" e "morte". Nascida em Bogotá, Colômbia (1988), atualmente vive em Lisboa onde está a escrever a sua tese sobre o conceito de tempo em imagens astronômicas e imagens genealógicas para a obtenção de um mestrado em estética. O seu trabalho já foi exibido na Argentina, Colômbia, Uruguai e França. Além disso, foi reconhecido pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Cultura; foi incluída na Transition Magazine do Hutchins Center for African and African American Research da Harvard University e publicado no projeto Fotomeraki 4, uma série de livros de fotografia colombiana contemporânea. Em 2019, com três amigas, criou a PlaPF (Plataforma de Pensamiento Fotográfico), uma publicação editorial anual sobre a pesquisa da fotografia no contexto latino-americano e a descoberta de novos autores. O eixo da sua prática artística é a fotografia, sendo um dispositivo que lhe permite acessar outras temporalidades e outras imagens que fogem da formação oficial da memória individual e coletiva e da linearidade do tempo. O seu trabalho mais recente adentra-se no território autobiográfico, individual e familiar, onde explora esta relação entre o esquecimento e a memória.