XIYAO CHEN | "Soft Bodies, Hard Sun"
27 Outubro 2022 16h00
Zaratan AIR | OPEN STUDIO
XIYAO CHEN
"Soft Bodies, Hard Sun"
"Soft Bodies, Hard Sun"
OPEN STUDIO | 27-28-29-30 Outubro 2022
LIVE PERFORMANCE | 30 Outubro, 18:00
INFO | residencies@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
LIVE PERFORMANCE | 30 Outubro, 18:00
INFO | residencies@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Temos o prazer de apresentar o mais recente projeto de Xiyao Chen.
"Soft Bodies, Hard Sun" é uma performance mais-que-humana que reconta histórias de sobrevivências colaborativas na mistura densa, lenta e tóxica da pluripresença. É o resultado de uma residência artística de um mês na Zaratan passada a alimentar parentescos multi-espécies – a observação dos cactos, as brincadeiras com as alforrecas, os malabarismos com as sementes de eucalipto e a luta com as correntes.
Situado na intersecção entre o sistema de crenças e o sistema climático, constroem-se novos mitos e perpetuam-se através de objetos que se transformam e organismos em evolução nas praias locais de Lisboa. As vozes dos seres mais-que-humanos são encenadas com algoritmos de geração de som codificados ao vivo, canalizados através das células vivas de Patrícia Domingues (voz) e Xiyao Chen (instrumentos DIY), também conhecidas como Filhas das Ondas.
Acompanha a performance uma exposição no estúdio das residências, que apresenta as partituras visuais que serviram. Utilizados como base para o desenvolvimento da performance estes objetos e oferendas entre outros artefatos forrageiros que exploram o emaranhado de parentescos interespécies.
BIO DOS PERFORMERS:
XIYAO CHEN (n. Guangdong, vive em Londres) é uma artista interdisciplinar, arquiteta e pesquisadora que atua em territórios de antropologia digital, escultura sonora, imagens em movimento e agroecologia. A sua pesquisa e prática artística surge em resposta à iminente crise climática e tenciona repensar os ambientes híbridos complexos onde humano, máquina e natureza coexistem de forma interdependente, onde as distinções entre organismo e máquina, físico e virtual, tornam-se cada vez mais fugazes.
PATRÍCIA DOMINGUES é cantora livre. Tem praticado para permitir o livre fluxo da voz, do canto, da energia (as emoções presentes, as intenções puras, as mensagens que surgem) através do canto, no momento de partilha com outros músicos/intérpretes/artistas, e com o espectador. Estudou na "Escola de Música do Conservatório Nacional", e cantou com o Coro da Gulbenkian, o que lhe permitiu entrar em contacto com grandes obras musicais, autores e intérpretes. Participou em peças e espetáculos de teatro, como cantora, dançarina e atriz.
CATOSTYLUS TAGI é a alforreca mais comum nas costas de Portugal continental. É facilmente avistada junto a portos e marinas, nomeadamente junto aos rios Tejo e Sado. Embora seja uma alma nómada, encontra-se principalmente em águas com temperaturas entre 7 a 33°C e salinidade entre 1 a 37%. Pratica a ingestão de plástico diariamente e adora fazer bolhas para contar histórias as gerações futuras. Passa metade da sua vida num estádo planctônico e acelera o seu ciclo de vida duas ou três vezes quando o clima fica mais quente.
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