THOMAS PILNIK | "Ai, Que Coisa Feia"
28 Julho 2021 16h00
Zaratan AIR | Open Studio
THOMAS PILNIK | "Ai, Que Coisa Feia"
ABERTO | 28-29-30 Julho, 2021
HORÁRIO | Qua-Sáb, 16:00-20:00
ENTRADA | Livre*
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
INFO | residencies@zaratan.pt
HORÁRIO | Qua-Sáb, 16:00-20:00
ENTRADA | Livre*
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
INFO | residencies@zaratan.pt
Temos o prazer de convidar para “Ai, Que Coisa Feia”, uma exposição relâmpago de Thomas Pilnik, artista residente na Zaratan AIR, que apresenta uma instalação imersiva - parte galeria, parte “pop-up concept boutique”- que assenta no enunciado inicial (Ai, que coisa feia) tanto no seu significado literal, quanto metafórico.
A peça, de natureza lúdica e performática, torna-se desconfortável após uma inspeção mais aprofundada, dá as boas-vindas aos presentes enquanto participantes, mais do que espectadores. É um convite a fazer parte da ação e extende o tapete vermelho apenas para quem tem as intenções mais capitalistas, com o jeito do turista: acolhido a conta do seu poder econômico, mais do que pelos seus atributos humanos.
“Ai, Que Coisa Feia” explora a possibilidade de estar algures situado entre um turista e um local, entre quem dá e quem recebe, no meio do feio e do belo, do nojo e do prazer, do ódio e da luxúria. Impõe aos presentes a ocupação de este espaço cinzento para questionar as nossas próprias decisões reflexivas e interromper as suposições automáticas do consumo, do capitalismo e do desperdício.
Fazer parte da peça é consumir; uma vez dentro da loja, os olhos ingerem a arte e o cérebro envia impulsos através do corpo para tocar os objetos, avaliar o seu preço e iniciar uma transação. Embora esse comportamento seja imediatamente recompensado, os tremores secundários - o arrependimento sináptico automático frequentemente descrito como "remorso do comprador" - podem causar arrepios na espinha.
Por outras palavras: “To be a mass tourist, for me, is to become a pure late-date American: alien, ignorant, greedy for something you cannot ever have, disappointed in a way you can never admit. It is to spoil, by way of sheer ontology, the very unspoiledness you are there to experience, It is to impose yourself on places that in all non-economic ways would be better, realer, without you. It is, in lines and gridlock and transaction after transaction, to confront a dimension of yourself that is as inescapable as it is painful: As a tourist, you become economically significant but existentially loathsome, an insect on a dead thing.” (David Foster Wallace, Consider the Lobster).
Sejam bem-vindos em “Ai, Que Coisa Feia”, companheiros insetos.
A peça, de natureza lúdica e performática, torna-se desconfortável após uma inspeção mais aprofundada, dá as boas-vindas aos presentes enquanto participantes, mais do que espectadores. É um convite a fazer parte da ação e extende o tapete vermelho apenas para quem tem as intenções mais capitalistas, com o jeito do turista: acolhido a conta do seu poder econômico, mais do que pelos seus atributos humanos.
“Ai, Que Coisa Feia” explora a possibilidade de estar algures situado entre um turista e um local, entre quem dá e quem recebe, no meio do feio e do belo, do nojo e do prazer, do ódio e da luxúria. Impõe aos presentes a ocupação de este espaço cinzento para questionar as nossas próprias decisões reflexivas e interromper as suposições automáticas do consumo, do capitalismo e do desperdício.
Fazer parte da peça é consumir; uma vez dentro da loja, os olhos ingerem a arte e o cérebro envia impulsos através do corpo para tocar os objetos, avaliar o seu preço e iniciar uma transação. Embora esse comportamento seja imediatamente recompensado, os tremores secundários - o arrependimento sináptico automático frequentemente descrito como "remorso do comprador" - podem causar arrepios na espinha.
Por outras palavras: “To be a mass tourist, for me, is to become a pure late-date American: alien, ignorant, greedy for something you cannot ever have, disappointed in a way you can never admit. It is to spoil, by way of sheer ontology, the very unspoiledness you are there to experience, It is to impose yourself on places that in all non-economic ways would be better, realer, without you. It is, in lines and gridlock and transaction after transaction, to confront a dimension of yourself that is as inescapable as it is painful: As a tourist, you become economically significant but existentially loathsome, an insect on a dead thing.” (David Foster Wallace, Consider the Lobster).
Sejam bem-vindos em “Ai, Que Coisa Feia”, companheiros insetos.
BIO: Crescido em Londres, filho de pais brasileiros, THOMAS MARTINEZ PILNIK obteve seu BA em Estudos Artísticos e Ciências Cognitivas pela University of Virginia em 2016 e um mestrado em Educação pela University of Southern California em 2020. Pilnik é escultor e artista instalativo. A sua prática adopta os laços globais que o caracterizam, interseccionados com a confusão cultural instigada pela sua estadia prolongada nos Estados Unidos, para partilhar a sua autorreflexão com o público; utiliza assim a deslocação como uma ferramenta poderosa para a mudança social. A partir da sua experiência pessoal questiona e desafia a supremacia branca no Sul, acompanhando as dificuldades das suas nações natais sob a pressão do capitalismo em estágio avançado e face os desafios da democracia, enquanto enfrenta os medos existenciais desencadeados pela observação dos processos neuropsicológicos. Com poucas raízes, mas o apoio de muitas comunidades, o trabalho de Pilnik é capaz de expressar um amplo corte transversal nas influências culturais e nos fenômenos globais que o envolvem e faz com que o seu trabalho esteja em processo de continua transformação. Ao sentir esta paisagens em constante mudança, Pilnik está atualmente a desenvolver um mestrado na University of Connecticut.
https://tmpilnik.com/
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[*No contexto da pandemia Covid-19, para visitar a exposição é obrigatório o uso de máscara sanitária e a entrada é sujeita a lotação máxima, no respeito das normas de higiene e segurança.]