MOLIO #1 | Isobel Atacus, João Alves, João Viotti, Lise Bardou

24 Maio 2018 19h00

"MOLIO": substantivo colectivo masculino. Calão, adaptado da palavra portuguesa "molho". Utilizado para descrever um ajuntamento; Gangue; Amálgama; Amontoado de pessoas.

MOLIO é um projecto artístico de frequência bimestral que remete para uma abordagem co-autoral, onde os resultados desse diálogo se consolidam numa instalação conjunta a ter lugar na carvoaria da ZARATAN. MOLIO convida à participação de 2 a 4 artistas por edição, em que os mesmos são desafiados a abandonar os seus projectos individuais em prol de uma discussão estética (ou cenográfica), que actua colectivamente (ou mais precisamente "ao molio") neste espaço “black box” pouco ortodoxo.

A duração destes "exercícios cenográficos" restringe-se a apenas um dia, no entanto são disponibilizados 2 a 4 dias para trabalhar o espaço e pensar os elementos constituintes de cada instalação: Luz, Massa e Som , e por conseguinte, Sombra, Vácuo, Silêncio serão meros exemplos.

Nesta primeira edição, no dia 24 de Maio, os artistas convidados são Isobel AtacusJoão ViottiJoão Alves e Lise Brd.

PÓS-MOLIO

Após o momento da exposição será emitida uma publicação, de seu nome PÓS-MOLIO, contendo as digitalizações de um conjunto de 10 fotografias Polaroid, tiradas por um fotógrafo convidado (e condicionado à utilização exclusiva desses 10 instantâneos, sendo-lhe providenciado de antemão esse mesmo equipamento). Acresce ao produto final um curto texto; seja ele uma transcrição de um diálogo, a letra de determinada canção, um excerto de um guião ou qualquer outro formato que faça justiça ao evento, e à vontade colectiva dos integrantes de cada edição.

Servem estes breves parágrafos como descrição do ciclo MOLIO, bem como convite peremptório a quem venha a integrar as edições vindouras.

O ciclo MOLIO é organizado por João Viotti


BIOS:

ISOBEL ATACUS https://www.isobelatacus.com/
Questionando a relação entre a linguagem e os materiais, o trabalho artístico de Isobel Atacus é essencialmente multimedial, embora o seu ponto de partida seja muitas vezes o texto. Grande parte da sua investigação artística preocupa-se com maneiras como os fluxos de material são apresentados e como esses fluxos podem ser interrompidos - ou redirecionados. Muitas vezes, isso assume a forma da construção de arquivos, mediando os objectos para explorar novas leituras possíveis. As composições resultantes tomam o formato de esculturas, instalações, poesias e vídeos. Atacus fundou o artist-run space the icing room em 2014.

JOÃO ALVES
Natural de Lisboa, 1993. Licenciou-se em Escultura, seguido da sua formação em Som. Aventurando-se mais pelo mundo da música, sempre continuou no mundo das artes plásticas, continuando a sua colheita na experiência da vida humana. 


JOÃO VIOTTI www.cargocollective.com/joaoviotti
"I BEAR NO PARTICULAR STATEMENT TO ADD THAT MIGHT SHIFT THE BALANCE BETWEEN INTEREST AND INDIFFERENCE." 
Nascido em Lisboa em 1993. Poeta Póstumo Profissional. Concedida licença para fazer Escultura {FBAUL 2013}. Contemplou com a Maumaus {2015}. Consignado mestre de Artes Multimédia {FBAUL 2016}. Cientista Social Auto-Proclamado {Juros Quinzenais: Residência artística no BANCO – Lisboa 2017}. Curador/Colaborador {Zaratan, Ciclo “MOLIO” – Lisboa; “Hotel Santo Isidro” – Porto}, fundador {PHLORYSTA - Lisboa} e co-criador {Bempostinha 25B – Lisboa; Atelier SantoIsidro – Porto}. O bom phlorysta, abancado e bemposto, faz biscates na conciergerie. Fabricante de objectos-úteis-de-outra-forma. Joga duplamente; sabota. Calça o 45 de bota. Cara simpática; não anda de mota.

LISE BARDOU http://lisebardou.wixsite.com/lisebardou
Nascida em Toulouse (França) e sediada entre Lisboa (Pt) Bordeaux e Toulouse, Lise Bardou trabalha sobretudo com vídeo instalação e desenhos em lugares e paisagens particulares, observando o seu ritmo e movimento. O seu trabalho baseaia-se muitas vezes em pesquisas antropológicas e históricas e evoca rituais, mitos e crenças. Constitui uma reflexão sobre a aparição e a disparidade de imagens e corpos, o momento de transição, o entre-momento, incluindo a ideia de movimento e da mudança, o andar, a dança, a escuta, a repetição...

< Fotógrafa convidada: Luisa Tudela >
MARIA LUÍSA TUDELA
Nascida em 1995 iniciou o seu percurso no ensino artístico na Escola Artística António Arroio (2010) onde na mesma vai escolher especialização em fotografia, quando termina o ensino secundário vai andar a passear pelos corredores e salas de desenho da Faculdade de Belas artes (2013) onde realiza um ano de desenho como aluna externa, posteriormente entra na ESAD nas Caldas da Rainha (2014) onde frequenta o curso de Design de Produto Cerâmica e Vidro e dedica-se em certa parte à (des)construção de peças de cerâmica e gesso, fatigada da vida pacata das Caldas da Rainha saudosamente volta à Faculdade Belas Artes de Lisboa (2015) e presentemente frequenta o terceiro ano do curso de Pintura. Tem desenvolvido particular gosto pela junção da performance com o objecto que futuramente terá uma conotação “artística”, sempre que bem disposta com a pintura, incorpora-a com o resto dos meios eleitos. Fez performances em duas edições do Baile do Engate e continua gradualmente a plantar as sementes do seu trabalho com o intuito de mais tarde florescerem sem rumo e limites de altura e serem apreciadas de formas variadas.