Golfo Místico | (Danação)

29 Setembro 2018 19h00

INTERPRETAÇÃO/INTERPRETATION: António Jorge Gonçalves

ORQUESTRA/ ORCHESTRA: David Magalhães Alves (violino/violin), Hernâni Faustino (contrabaixo/double bass), José Bruno Parrinha(saxofone/saxophone), Miguel Mira (violoncelo/cello), Paulo Leal Duarte (guitarra eléctrica/electric guitar), Paulo Curado (flauta/ flute), Nuno Morão(bateria/drum kit).


Temos o prazer de convidar para a quarta sessão de Golfo Místico, titulada “Danação".
Com curadoria de João Madeira, Golfo Místico é um ciclo de improvisação, a acontecer uma vez por mês na Zaratan,que tenciona criar uma colaboração entre a música e as artes visuais ou performativas.

O ciclo envolve dois convites paralelos e subsequentes. Por um lado a Zaratan irá convidar um artista diferente a cada sessão– ligado às artes performativas, à dança, às artes visuais, entre outros – para elaborar uma lista de 5 sons/temas musicais/melodias; por outro lado o João Madeira irá reunir e dirigir uma pequena orquestra, com formações diferentes, a fim de traduzir e interpretar uma ou todas as 5 músicas sugeridas pelo artista, que à sua volta é desafiado para improvisar ao vivo durante o concerto.
O INPUT são portanto os temas musicais (de entre todo o universo de som e música possíveis, conhecid@s ou desconhecid@s, tradicionais ou erudit@s, vocais ou instrumentais, provenientes de fontes eléctricas ou acústicas), que tenham ficado associados a momentos, imagens, recordações, sonhos, pesadelos, estados de espírito ou emoções importantes para o artista convidado. O OUTPUT do ciclo Golfo Místico é um vídeo de artista, posteriormente editado numa edição limitada em DVD. 
Nesta sessão do Golfo Místico haverá a projecção do vídeo realizado por Mar Suárez a partir das filmagens realizadas na sessão do Golfo Místico - Transição.

Com esta série de encontros entre músicos e artistas plásticos, esperamos gerar processos criativos valiosos e incentivar as práticas colaborativas e interdisciplinares, ao apresentar trabalhos ainda em construção, com uma atitude improvisativa. Cada actuação, concerto, performance, tenta ser conceptualmente diferente da anterior, quer a nível técnico, formal e performativo, quer nos média e as metodologias utilizadas.
Foi Wagner quem inventou o conceito de “Golfo Místico” (“Mystischer Abgrund”), aquele espaço do teatro que fica sob o chão, uma espécie de fosso no qual a orquestra é colocada. Aproveitando a estrutura arquitectónica do recém-inaugurado fosso escavado na sala de concertos da Zaratan, no golfo místico, os músicos tornam-se praticamente invisíveis e, portanto, o público, nesse belo estado de tensão que precede o espectáculo, colocado numa condição em que o som o envolve sem uma referência precisa da sua origem, está pronto para se concentrar no evento em palco.