Versus IX | Beyt Al Tapes vs. A. Trindade
10 Novembro 2017 19h00
A Associação Terapêutica do Ruído e a Zaratan - Arte Contemporânea apresentam Versus, um ciclo de concertos a acontecer mensalmente na Zaratan.
Seguindo um princípio ecléctico de programação, o pressuposto desta nova aventura musical é juntar projectos diferentes entre si, ou até mesmo opostos, numa mesma sessão. Neste aparente antagonismo procuramos pontos de contacto e/ou de divergência que ilustrem de algum modo a complexidade e diversidade das definições estilísticas da música contemporânea.
Em cada sessão haverá o lançamento de um cartaz em risografia realizado propositadamente para a ocasião. A convite da Zaratan, diferentes artistas recebem o desafio de criar uma imagem de alguma forma ligada ao tema do antagonismo, inspirada também nas sonoridades dos projectos convidados pela ATR a participar neste ciclo
Nesta nona sessão os antagonistas são o belga Beyt Al Tapes com os seus espectros magnéticos e o português A. Trindade com os seus circuitos viscerais.
BIOS:
Beyt Al Tapes
Beyt Al Tapes, que em árabe significa “a casa das cassettes”, começou por ser uma editora de cassettes e acabou por se transformar num projecto a solo de composições com cassettes em que fantasmas e culturas exóticas convivem com avant-garde, embora aqui o avant-garde seja mais sobre ser-se apanhado num loop poético. Trata-se não só de fitas magnéticas, altas frequências, sons encontrados, sintetizadores abstractos, poesia vocal rudimentar e conceitos abertos, mas também de jogar xadrez, ficar obcecado com detalhes concretos da realidade e perseguir fenómenos espectrais. Por vezes Beyt Al Tapes enverga lençóis usados para marcar a sua posição, no fundo é apenas um transportador da confusão geral.
A. Trindade
Actua com instrumentos da sua autoria, modificados por circuit bending. Este processo consiste na procura de novas ligações possíveis nos circuitos de instrumentos eléctricos (brinquedos de criança, rádios ou órgãos), com o intuito de sintonizar a sua voz própria - aquela que se esconde por detrás das opções de som pré-definidas de cada objecto. O resultado é uma amplitude de sons imprevisíveis e viscerais, que Trindade trabalha para formar texturas ásperas e cruas, modeladas através de ecos cavernosos. Este processo é espelhado na produção visual desenvolvida por Trindade com colagens e fotocópias, que igualmente avança em direcção ao cerne da máquina (uma fotocopiadora avariada, herdada de uma sociedade arqueológica) através de sucessivas ampliações dos seus erros e da sua linguagem técnica latente. André Trindade é artista visual e co-fundador da editora de cassettes URUBU, dedicada à música experimental de vários espectros.
Seguindo um princípio ecléctico de programação, o pressuposto desta nova aventura musical é juntar projectos diferentes entre si, ou até mesmo opostos, numa mesma sessão. Neste aparente antagonismo procuramos pontos de contacto e/ou de divergência que ilustrem de algum modo a complexidade e diversidade das definições estilísticas da música contemporânea.
Em cada sessão haverá o lançamento de um cartaz em risografia realizado propositadamente para a ocasião. A convite da Zaratan, diferentes artistas recebem o desafio de criar uma imagem de alguma forma ligada ao tema do antagonismo, inspirada também nas sonoridades dos projectos convidados pela ATR a participar neste ciclo
Nesta nona sessão os antagonistas são o belga Beyt Al Tapes com os seus espectros magnéticos e o português A. Trindade com os seus circuitos viscerais.
BIOS:
Beyt Al Tapes
Beyt Al Tapes, que em árabe significa “a casa das cassettes”, começou por ser uma editora de cassettes e acabou por se transformar num projecto a solo de composições com cassettes em que fantasmas e culturas exóticas convivem com avant-garde, embora aqui o avant-garde seja mais sobre ser-se apanhado num loop poético. Trata-se não só de fitas magnéticas, altas frequências, sons encontrados, sintetizadores abstractos, poesia vocal rudimentar e conceitos abertos, mas também de jogar xadrez, ficar obcecado com detalhes concretos da realidade e perseguir fenómenos espectrais. Por vezes Beyt Al Tapes enverga lençóis usados para marcar a sua posição, no fundo é apenas um transportador da confusão geral.
A. Trindade
Actua com instrumentos da sua autoria, modificados por circuit bending. Este processo consiste na procura de novas ligações possíveis nos circuitos de instrumentos eléctricos (brinquedos de criança, rádios ou órgãos), com o intuito de sintonizar a sua voz própria - aquela que se esconde por detrás das opções de som pré-definidas de cada objecto. O resultado é uma amplitude de sons imprevisíveis e viscerais, que Trindade trabalha para formar texturas ásperas e cruas, modeladas através de ecos cavernosos. Este processo é espelhado na produção visual desenvolvida por Trindade com colagens e fotocópias, que igualmente avança em direcção ao cerne da máquina (uma fotocopiadora avariada, herdada de uma sociedade arqueológica) através de sucessivas ampliações dos seus erros e da sua linguagem técnica latente. André Trindade é artista visual e co-fundador da editora de cassettes URUBU, dedicada à música experimental de vários espectros.