Durante o evento, os artistas abrem as portas dos seus estúdios para apresentarem as suas pesquisas

O projeto desenvolvido por Itziar Aldasoro, que leva por título Uma Conversa, utiliza uma série de meios diferentes (intervenção urbana, pintura, fotografia, desenhos) para estabelecer um diálogo com a cidade de Lisboa a fim de encontrar uma série de imagens, tanto reais como metafóricas e abstractas, que falem da luz, da passagem do tempo, do silêncio e da fragilidade na sua relação com a o espaço urbano.

A calçada, em particular, revela-se como um elemento enormemente eloquente: multiplicador da luz e mudo testemunho do correr dos anos, a desintegrar-se para um dia, talvez, desaparecer numa série de fragmentos perdidos no tempo.

Com um olhar interventivo e crítico, Miguel A. Valdivia apresenta uma nova série de desenhos

que exploram, entre outras coisas, os limites impostos pela espacialidade bidimensional da página. São jogos estes, pequenas provocações, tentativas de evasão onde o signo procura novos espaços, além das suas fronteiras, pondo a prova os limites e as possibilidades implícitas no acto de desenhar. Nas folhas brancas Criam-se aberturas e obstáculos, limiares e janelas, becos sem saidas e poços sem fundos, onde política, humor, ironia e visões apocalípticas se abraçam.