LEITMOTIV #8 – Ciclo de Música Escriturada | Diana Combo + Aude Barrio + Jari Marjamäki | Maria do Mar
26 Fevevereiro 2016 19h00
Every month we present an episode of "LEITMOTIV", a cycle of concerts curated by Bernardo Álvares, centered on musical writing. The music sheets are first conceptualized by a composer, later translated into a visual notation by an visual artist and finally performed live by musicians at Zaratan. In this 8th episode, Jari Marjamäki e Maria do Mar are playing a text composed by Diana Combo and illustrated by Aude Barrio.
BIOS:
Diana Combo | Compositora
Diana Combo tem vindo a explorar composição sonora, improvisação e performance em diferentes contextos, tanto a solo como em diversas colaborações. Licenciada em Som e Imagem. Enquanto EOSIN, tem criado recomposições sonoras de vinis ao vivo. Tem participado em diversas workshops e residências e tem colaborado noutros projetos que lhe têm permitido explorar o som de outras formas, desde composição, a produção de som para vídeo, filme e teatro, ensaios sonoras e instalações. Integra o David Maranha Ensemble, com Filipe Felizardo e David Maranha.
Aude Barrio | Artista Visual
Aude Barrio nasce em 1985 em França. Com nacionalidade suíça e portuguesa, cresce em Genebra e mude-se para Lisboa em 2013. É autora de banda desenhada e ilustradora e cofundadora da editora Hécatombe, em 2004. Participa em vários projetos editoriais coletivos, entre eles o "Lisboa é very very typical" editado pela Chili com Carne. Fez também uma residência na galeria Zaratan em junho-julho 2015: "Zonas de Habitabilidade/Zones d'Habitabilité", com a artista suíça Barbara Meuli. Em Lisboa, começou a desenvolver uma prática musical com o Bernardo Álvares, na banda drone ABBA, e o duo cyber-grindcore Desflorestação. Agora concentra a sua produção entre banda desenhada e cartazes para concertos.
Jari Marjamäki | Músico
Nasceu em 1972 em Turku, Finlândia. Vive e trabalha em Lisboa desde 1994.
Tem desenvolvido a sua carreira enquanto músico desde meados dos anos noventa. O seu trabalho envolve actuações de música ao vivo, sonoplastia, dj, composições e participações em instalações, dança contemporânea, televisão e colaborações com artistas performativos e visuais. Igualmente à vontade no palco de teatro, galeria de arte e na pista de dança, desdobra-se entre vários pseudónimos e estilos musicais, a solo ou em grupos. É sob o alter-ego Zentex que porventura tem mais notabilidade, atuando e editando com regularidade.
Na área da música experimental e improvisada, mantem um duo com o trompetista Luís Vicente e faz parte dos Golden Strobes, com Luís Lopes, bem como diversas formações ad-hoc. Integrou espetáculos de Miguel Pereira e Meg Stuart e trabalhou com os coreografos Jorge Andrade, Miguel Pereira, António Tagliarini, Asli Bostanci, Mário Afonso e João Samões. Desenvolveu igualmente trabalhos multi-disciplinares com artistas Susana Mendes Silva, Valentim Quaresma, Graw Böckler, Vera Mantero, Miguel Loureiro, Cláudio da Silva e Ricardo Quaresma.
Maria do Mar | Música
Violinista natural de Lisboa, tem um trajecto vincado na música clássica e ensino. Tocou em várias orquestras e foi dirigida por vários maestros dentro e fora do país e leccionou em vários conservatórios e escolas nacionais, e colabora desde sempre com artistas de outras áreas. Participou em várias bandas sonoras de filmes, dos quais se destacam o documentário de Paulo Rocha, O Arquiteto, (1993) com música de Paulo Brandão, Quem é Ricardo, (2004) e Estive em Lisboa e lembrei de você (2015) de José Barahona.
No que diz respeito à improvisação livre e outras linguagens no âmbito da música nova/performance, tem um Duo de violino e baixo eléctrico, com o baixista e compositor Ricardo A. Freitas e tem vindo a desenvolver trabalho de improvisação com vários músicos, apresentando-se em concertos, ciclos e festivais, com diversos nomes reconhecidos na área. No âmbito do Moving Theater participou como convidada no workshop de Suzuki/Viewpoints, de Lowri Jenkins e Joana Pupo (2014).
O MANIFESTO:
Este ciclo de concertos pretende questionar os limites da música escrita e improvisada (ou composta em tempo real), tendo como resultado tanto uma criação musical como visual. Pretendemos a junção de dois mundos, criando pontes e laços entre artistas plásticos com músicos e compositores. Partimos do pressuposto de que devemos desmistificar o processo criativo e, numa lógica de emancipação DIY, compreender princípios de composição musical, tanto mais tradicionais da música escrita como de composição em tempo real. A descodificação dos símbolos na procura de uma linguagem traduzível em música expõe o processo criativo e abre a possibilidade de discussão, nomeadamente através de tertúlias ou workshops. Aliando uma lógica de seriedade com uma dinâmica informal, queremos por um lado dignificar todos os músicos, artistas e compositores envolvidos através de um sistema de encomenda de peças originais a serem estreadas na galeria Zaratan. Mas pretendemos igualmente tirar esses mesmos artistas da sua zona de conforto, quer seja um compositor que verá as suas ideias serem (trans)figuradas para o papel por um artista plástico, quer seja um artista plástico cuja obra tenha a finalidade de ser tocada, quer seja um músico improvisador que se veja obrigado a interpretar uma obra procurando sentido em símbolos que poderão ser mais ou menos abstractos. Temos igualmente a intenção de questionar a autoria das obras, uma vez que esta será repartida entre compositor, artista plástico, músicos.
Optamos pelo nome de escrituras em detrimento de “partituras gráficas”, uma vez que todas as partituras são gráficas e que nos parece necessário um novo termo para representar este objecto.
Serão encomendadas escrituras a um compositor e artista plástico diferentes a cada mês e será escolhido um grupo de músicos diferente para interpretar a peça num concerto cada mês.
BIOS:
Diana Combo | Compositora
Diana Combo tem vindo a explorar composição sonora, improvisação e performance em diferentes contextos, tanto a solo como em diversas colaborações. Licenciada em Som e Imagem. Enquanto EOSIN, tem criado recomposições sonoras de vinis ao vivo. Tem participado em diversas workshops e residências e tem colaborado noutros projetos que lhe têm permitido explorar o som de outras formas, desde composição, a produção de som para vídeo, filme e teatro, ensaios sonoras e instalações. Integra o David Maranha Ensemble, com Filipe Felizardo e David Maranha.
Aude Barrio | Artista Visual
Aude Barrio nasce em 1985 em França. Com nacionalidade suíça e portuguesa, cresce em Genebra e mude-se para Lisboa em 2013. É autora de banda desenhada e ilustradora e cofundadora da editora Hécatombe, em 2004. Participa em vários projetos editoriais coletivos, entre eles o "Lisboa é very very typical" editado pela Chili com Carne. Fez também uma residência na galeria Zaratan em junho-julho 2015: "Zonas de Habitabilidade/Zones d'Habitabilité", com a artista suíça Barbara Meuli. Em Lisboa, começou a desenvolver uma prática musical com o Bernardo Álvares, na banda drone ABBA, e o duo cyber-grindcore Desflorestação. Agora concentra a sua produção entre banda desenhada e cartazes para concertos.
Jari Marjamäki | Músico
Nasceu em 1972 em Turku, Finlândia. Vive e trabalha em Lisboa desde 1994.
Tem desenvolvido a sua carreira enquanto músico desde meados dos anos noventa. O seu trabalho envolve actuações de música ao vivo, sonoplastia, dj, composições e participações em instalações, dança contemporânea, televisão e colaborações com artistas performativos e visuais. Igualmente à vontade no palco de teatro, galeria de arte e na pista de dança, desdobra-se entre vários pseudónimos e estilos musicais, a solo ou em grupos. É sob o alter-ego Zentex que porventura tem mais notabilidade, atuando e editando com regularidade.
Na área da música experimental e improvisada, mantem um duo com o trompetista Luís Vicente e faz parte dos Golden Strobes, com Luís Lopes, bem como diversas formações ad-hoc. Integrou espetáculos de Miguel Pereira e Meg Stuart e trabalhou com os coreografos Jorge Andrade, Miguel Pereira, António Tagliarini, Asli Bostanci, Mário Afonso e João Samões. Desenvolveu igualmente trabalhos multi-disciplinares com artistas Susana Mendes Silva, Valentim Quaresma, Graw Böckler, Vera Mantero, Miguel Loureiro, Cláudio da Silva e Ricardo Quaresma.
Maria do Mar | Música
Violinista natural de Lisboa, tem um trajecto vincado na música clássica e ensino. Tocou em várias orquestras e foi dirigida por vários maestros dentro e fora do país e leccionou em vários conservatórios e escolas nacionais, e colabora desde sempre com artistas de outras áreas. Participou em várias bandas sonoras de filmes, dos quais se destacam o documentário de Paulo Rocha, O Arquiteto, (1993) com música de Paulo Brandão, Quem é Ricardo, (2004) e Estive em Lisboa e lembrei de você (2015) de José Barahona.
No que diz respeito à improvisação livre e outras linguagens no âmbito da música nova/performance, tem um Duo de violino e baixo eléctrico, com o baixista e compositor Ricardo A. Freitas e tem vindo a desenvolver trabalho de improvisação com vários músicos, apresentando-se em concertos, ciclos e festivais, com diversos nomes reconhecidos na área. No âmbito do Moving Theater participou como convidada no workshop de Suzuki/Viewpoints, de Lowri Jenkins e Joana Pupo (2014).
O MANIFESTO:
Este ciclo de concertos pretende questionar os limites da música escrita e improvisada (ou composta em tempo real), tendo como resultado tanto uma criação musical como visual. Pretendemos a junção de dois mundos, criando pontes e laços entre artistas plásticos com músicos e compositores. Partimos do pressuposto de que devemos desmistificar o processo criativo e, numa lógica de emancipação DIY, compreender princípios de composição musical, tanto mais tradicionais da música escrita como de composição em tempo real. A descodificação dos símbolos na procura de uma linguagem traduzível em música expõe o processo criativo e abre a possibilidade de discussão, nomeadamente através de tertúlias ou workshops. Aliando uma lógica de seriedade com uma dinâmica informal, queremos por um lado dignificar todos os músicos, artistas e compositores envolvidos através de um sistema de encomenda de peças originais a serem estreadas na galeria Zaratan. Mas pretendemos igualmente tirar esses mesmos artistas da sua zona de conforto, quer seja um compositor que verá as suas ideias serem (trans)figuradas para o papel por um artista plástico, quer seja um artista plástico cuja obra tenha a finalidade de ser tocada, quer seja um músico improvisador que se veja obrigado a interpretar uma obra procurando sentido em símbolos que poderão ser mais ou menos abstractos. Temos igualmente a intenção de questionar a autoria das obras, uma vez que esta será repartida entre compositor, artista plástico, músicos.
Optamos pelo nome de escrituras em detrimento de “partituras gráficas”, uma vez que todas as partituras são gráficas e que nos parece necessário um novo termo para representar este objecto.
Serão encomendadas escrituras a um compositor e artista plástico diferentes a cada mês e será escolhido um grupo de músicos diferente para interpretar a peça num concerto cada mês.