Peixe Frito /// concerto
6 Julho 2018 19h00
A Zaratan tem o prazer de apresentar um concerto dos Peixe Frito, que são: Paulo Chagas (flauta, saxofone), Luís Guerreiro (trompete, electrónica), Paulo Duarte (guitarra), Alvaro Rosso (contrabaixo) e Pedro Santo (bateria).
"Os Peixe Frito esticam o jazz até onde podem e querem (...) O jazz surge como mote e referência histórica, começando logo nos instantes iniciais da primeira faixa, “Coltrane’s Back Scratcher”, e sim, com uma descarada imitação do estilo de John Coltrane. Depressa a intriga que se constrói é conduzida para outros
sítios, e designadamente os de uma free improv electroacústica, multitímbrica e abstracta, mas a alusão ao património jazzístico é recorrente. Em “My Neighbour’s Psychedelic Gathering” é Miles Davis o ícone relembrado. Mais adiante, em “Swing From the Zone”, o padrão de todos os distanciamentos é o factor rítmico por excelência do jazz, o swing. Os resultados tornam-se assaz curiosos e desafiantes – fica evidente que o foram para os músicos na altura da gravação e são-no também para nós, ouvintes, com a vantagem de que o jazz que vai emergindo ao longo deste CD não é “fake”, ao contrário do que sucedeu em incursões outras que procuraram exorcizar o género musical em questão, dos
Lounge Lizards de John Lurie nos Estados Unidos aos Telectu do período “jazz mimético” em Portugal. Quando entram pelo jazz, estes cinco tocam mesmo jazz.
O que não surpreende: os Peixe Frito foi sempre por aí que andaram. O que nos desarma é, até, o facto de esta edição nos apresentar uns Peixe Frito menos circunscritos aos aspectos formais do jazz."
Rui Eduardo Paes (JAZZ.PT)
"Os Peixe Frito esticam o jazz até onde podem e querem (...) O jazz surge como mote e referência histórica, começando logo nos instantes iniciais da primeira faixa, “Coltrane’s Back Scratcher”, e sim, com uma descarada imitação do estilo de John Coltrane. Depressa a intriga que se constrói é conduzida para outros
sítios, e designadamente os de uma free improv electroacústica, multitímbrica e abstracta, mas a alusão ao património jazzístico é recorrente. Em “My Neighbour’s Psychedelic Gathering” é Miles Davis o ícone relembrado. Mais adiante, em “Swing From the Zone”, o padrão de todos os distanciamentos é o factor rítmico por excelência do jazz, o swing. Os resultados tornam-se assaz curiosos e desafiantes – fica evidente que o foram para os músicos na altura da gravação e são-no também para nós, ouvintes, com a vantagem de que o jazz que vai emergindo ao longo deste CD não é “fake”, ao contrário do que sucedeu em incursões outras que procuraram exorcizar o género musical em questão, dos
Lounge Lizards de John Lurie nos Estados Unidos aos Telectu do período “jazz mimético” em Portugal. Quando entram pelo jazz, estes cinco tocam mesmo jazz.
O que não surpreende: os Peixe Frito foi sempre por aí que andaram. O que nos desarma é, até, o facto de esta edição nos apresentar uns Peixe Frito menos circunscritos aos aspectos formais do jazz."
Rui Eduardo Paes (JAZZ.PT)