S.O.M.A. Nº 6 | Sound Over Multimedia Art

2 Dezembro 2016 19h00

A Associação Terapêutica do Ruído e a Zaratan apresentam “S.O.M.A. - Sound Over Multimedia Art”, um ciclo musical a acontecer mensalmente na Zaratan que celebra a experimentação audiovisual, abraçando uma série de projectos musicais que integram uma componente visual essencial na sua actuação ao vivo, pesquisando assim as sobreposições e as somas entre as frequências das ondas sonoras e os comprimentos das ondas de luz, numa tentativa de tornar audível o visível e/ou visível o audível. Neste sexto episódio haverá actuações de Lenhart Tapes (rs) e CACO (pt).


BIOS:
Lenhart Tapes
É o projecto mu
sical do artista sérvio Vladimir Lenhart, actualmente radicado em Belgrado. Em 2010 começou a apresentar-se a solo centrando-se na manipulação sonora de fitas magnéticas de cassetes. Inspirado pelos princípios ready-made, junta diverso material pré-gravado que mistura ao vivo por cima de loops rítmicos originais, usando para isso quatro walkmans como instrumentos. Coleccionador apaixonado de cassetes, Lenhart foi recolhendo gravações de campo, conteúdos etno-musicológicos, spoken word, propaganda sonora, postais áudio e muitas outras formas de arte magnética que transforma nas suas próprias colagens sonoras. Para além de inúmeras colaborações com outros músicos, criou também em 2013 a Lenhart Tapes Orchestra, um quinteto etno-noise que recria a música que produz com cassetes com instrumentos reais. Vem pela primeira vez a Portugal e na Zaratan será acompanhado por um vídeo que encontrou numa feira da ladra.

CACO
CACO, “a tradição ao improviso” é um projecto de videoarte e música experimental, visual, electroacústica, abstracta, poética, serrana e mutante que usa as imagens em movimento como mais um instrumento musical. Com uma sonoridade que flutua entre os territórios das músicas orais e do mundo e o mundo moderno das novas tecnologias musicais. Um lugar onde a tradição ganha novos contornos sonoros e rasga com a ideia de imutabilidade, evoluindo na direcção de uma musicalidade própria de autor, que se funda na globalidade do património imaterial da Humanidade. Um lugar onde a imagem produz o som que se ouve em sinergia com a musicalidade criada em tempo real pelo músico e realizador português Luis Fernandes.